Empresas procuram incubadoras para melhorar gestão e criar networking
Empreendedores que procuram uma incubadora costumam ter um perfil bem característico: possuem ideias e projetos inovadores, porém pouca experiência ou até nenhuma familiaridade com negócios, gestão e relacionamento comercial. Além disso, têm em comum o desejo de ampliar o aprendizado em processos de gestão, tributação e aspectos legais e, sobretudo, networking.
Empreendedores que procuram uma incubadora costumam ter um perfil bem característico: possuem ideias e projetos inovadores, porém pouca experiência ou até nenhuma familiaridade com negócios, gestão e relacionamento comercial. Além disso, têm em comum o desejo de ampliar o aprendizado em processos de gestão, tributação e aspectos legais e, sobretudo, networking.
Esses são os principais motivos que levaram novas empresas a procurar a incubadora MIDI Tecnológico, administrada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) e mantida pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE-SC). As últimas incubadas a ingressar no MIDI Tecnológico foram a Ciaporte, CretaTec, E Mais E Tecnologia, Fisiogames, Mithri, Knewin, Pratical One, Quarks e Resultados Digitais.
Marcos Paulo Matias, da Ciaporte, que desenvolve softwares de CRM, procurou a incubadora porque precisava melhorar os processos internos. “As consultorias e cursos oferecidos nas áreas gerenciais e comerciais vão impulsionar nossa empresa”, revela. A Knewin, que trabalha com gestão de informações públicas na internet, também apostou na incubadora como entidade de apoio e fomento para os negócios. ”Nós entendemos dos bits, mas falta descobrir com clareza o nosso mercado e todas as questões relacionadas a ele”, explica Lucas Nazário, sócio da Knewin. Nesse contexto, a E mais E, empresa de auto-identificação de pessoas e objetos via RFID, percebeu que precisava de apoio profissional. “Como nenhuma empresa consegue fazer nada transformador e relevante sozinha, procuramos o apoio do MIDI Tecnológico para crescermos”, diz o sócio Ricardo Carneiro.
Assim como as consultorias, as empresas destacam ainda a importância do networking e da captação de recursos externos, como financiamentos e programas de fomento. “Escolhemos o MIDI Tecnológico para ter todo o apoio e parcerias necessárias. Buscamos, também, a aproximação com investidores”, revela William Pereira, sócio da Quarks Technologies, que atua no setor de energia.
A Resultados Digitais, que desenvolve uma plataforma de marketing digital integrada, quer a aproximação e a troca de experiências com as demais incubadas e recursos financeiros. “Buscamos aproximação com outras empresas, os serviços de apoio e chances de obtenção de recursos de fomento”, comenta Eric Santos, sócio da empresa. Essas expectativas, aliadas aos custos baixos da incubação são os objetivos da Pratical One, negócios online para a área de logística. “O MIDI Tecnológico tem o melhor custo/benefício nessa fase do negócio e dá todo o apoio que precisamos” afirma Carlos Eduardo Pinto, um dos sócios da empresa.
Para Guilherme Pacher, da CretaTec, empresa de valorização e tratamento de resíduos, a incubadora vai trazer, entre outros benefícios, a estruturação técnica com o poder público e auxílio a outras empresas. “Acreditamos na estrutura e capacitação do corpo técnico, além disso, buscamos incentivos fiscais para as empresas quanto aos resíduos industriais e adequação as legislações ambientais”, completa.
Muitas empresas de tecnologia são criadas por empreendedores. Ao sair da universidade ou cursos técnicos os profissionais estão cheios de ideias inovadoras, mas a rotina de uma empresa, geralmente, é uma novidade. “Na universidade nos preparamos para conhecer uma área específica, mas para se tornar um empresário é preciso conhecer muito mais do que tecnologia”, explica a sócia da Mithri, empresa de instalação de redes e firewall, Dayna Bortoluzzi. Outra jovem empresa é a Fisiogames, desenvolvedora de games para saúde e advergames, que teve a necessidade de qualificar os negócios. “Procuramos o MIDI para usufruir das consultorias e esperamos aumentar nossa participação no mercado nos próximos dois anos”, declarou o sócio Daniel San Martin.