Estudos de tráfego podem beneficiar cidades pequenas
Ruas engarrafadas, maior quantidade de veículos, semáforos desatirculados. Quando desenhamos esse cenário fica claro que estamos falando de grandes cidades. Nem sempre. Estudos de engenharia de tráfego urbano estão mostrando que cada vez mais as pequenas cidades, até mesmo aquelas que possuem apenas um semáforo, necessitam de uma análise prévia do trânsito.
Ruas engarrafadas, maior quantidade de veículos, semáforos desatirculados. Quando desenhamos esse cenário fica claro que estamos falando de grandes cidades. Nem sempre. Estudos de engenharia de tráfego urbano estão mostrando que cada vez mais as pequenas cidades, até mesmo aquelas que possuem apenas um semáforo, necessitam de uma análise prévia do trânsito.
De acordo com o engenheiro de tráfego Rafael Marana, embora as pequenas cidades não possuam grande fluxo de veículos, a desatualização de tempos semafóricos e a falta do real conhecimento da capacidade de sua malha viária podem ocasionar atrasos elevados em horários de pico. “Dessa forma a malha viária perde eficiência ocasionando desperdício de recursos”, esclarece.
Os estudos de tráfegos recomendam que cidades que apresentam a característica de movimentos sazonais, ou aquelas em que há concentração de veículos em regiões de comércio ou empresas, necessitam analisar e conhecer seu perfil viário. Na opinião de Marana, que também é sócio da associada ATTA Tráfego, as cidades que cresceram e crescem rapidamente e deixam de atualizar esse planejamento ou não monitoram as temporizações também podem aprimorar o controle realizado.
A lista de benefícios é extensa, passando pela redução nas filas, tempos de espera, número de paradas (maior conforto ao usuário), maior segurança. Além disso, as cidades terão um controle maior para planejamento futuros, redimensionamentos e avaliação de viabilidade de obras (como elevados, reestruturação de vias), ou ainda, ter mais condições para captação de recursos de obras de infraestrutura baseado em diagnósticos e simulações.
Marana lembra que indiretamente ainda é possível ressaltar a redução de emissões de gases poluentes e menos consumo de combustíveis, já que os veículos estarão tendo um fluxo maior. “As cidades precisam se preocupar com um crescimento de forma sustentável, considerando o aumento da frota de veículos ou mesmo a falta de equipe especializada junto à prefeitura”, alerta Marana.
O engenheiro considera, também, que a participação da população é fundamental nesse processo, que poderá cobrar dos departamentos de trânsito das suas cidades, mesmo que pequenas, soluções para o crescimento sustentável.
Perfil
A ATTA Tráfego atua com monitoração das condições de tráfego em cidades e rodovias, levantamento de capacidade, atualizações dos tempos semafóricos e projetos de alterações de infraestrutura para otimização da malha viária. A empresa está incubada no MIDI Tecnológico, incubadora mantida pelo SEBRAE-SC e gerenciada pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate).
Assessoria de Imprensa da ATTA