Exportação brasileira de Software e serviços de TI cresce 36%
Ao divulgar o ‘Brasil TI-BPO Book’, um livro com dados efetivos do mercado de TIC do pais e elaborado para divulgar a Marca Brasil no exterior, a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) revela que as exportações de software e serviços do Brasil – mesmo num ano marcado pelo impacto da crise financeira – cresceram em torno de 36% em relação a 2008, quando o mercado contabilizou U$ 2,2 bilhões para a Balança Comercial.
Ao divulgar o ‘Brasil TI-BPO Book’, um livro com dados efetivos do mercado de TIC do pais e elaborado para divulgar a Marca Brasil no exterior, a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) revela que as exportações de software e serviços do Brasil – mesmo num ano marcado pelo impacto da crise financeira – cresceram em torno de 36% em relação a 2008, quando o mercado contabilizou U$ 2,2 bilhões para a Balança Comercial.
Com isso, a meta estabelecida na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de aumentar as vendas externas na área para US$ 3,5 bilhões em 2010 fica bem próxima de ser concretizada. “O mercado manteve a tendência de alta e o Brasil está conquistando posições no mercado internacional e atraindo empresas e capital estrangeiro. Essa meta de US$ 3,5 bilhões deverá, sim, ser alcançada no ano que vem, principalmente na área de offshore e outsourcing”, informou Antonio Gil, presidente da Brasscom, nesta quinta-feira, 24/09, em encontro com a imprensa, na capital paulista.
O estudo, que contou com dados das consultorias IDC, A.T,Kearney e Booz & Company, apurou que o Brasil – apesar de ainda enfrentar problemas com ausência de marcos regulatórios importantes, como uma legislação trabalhista mais adequada à indústria de serviços e uma formação inadequada de mão-de-obra na área de TI, principalmente, com relação à lingua inglesa – fundamental neste mercado – mantém um forte potencial para ocupar uma das três posições mundiais no ranking de TI-BPO.
Esse segmento, em 2008, gerou US$ 1, 23 trilhão mundialmente, sendo que desse total, o conjunto de processos de terceirização representa US$ 819 bilhões, com taxas de crescimento em torno de 6% anuais de 2004 a 2008, e que, mesmo com a crise, deverão ter um incremento para 7,4% até 2012.
A primeira colocação no ranking mundial de TI-BPO está com a Índia e deverá permanecer com ela, assume Antonio Gil. A Índia deverá ficar com US$ 55 bilhões deste mercado em 2009. Globalmente a área deverá ter um faturamento em torno de US$ 84 bilhões. Os cerca de US$ 30 bilhões restantes serão disputado por países como Brasil, China, Rússia, México e Filipinas. “Posso garantir que, no cenário atual, Brasil e Filipinas são os potenciais candidatos a ficarem com esses recursos, desde que haja políticas efetivas nessa área”, sentenciou Gil.
Segundo os dados fornecidos pela Brasscom, o segmento que reúne serviços de TI e terceirização de processos de negócios (BPO) movimentou no Brasil, em 2008, US$ 59,1 bilhões, incluindo as exportações e as áreas de TI que integram a estrutura de empresas brasileira de todos os setores econômicos. Somado ao mercado de Comunicações, que registrou uma receita de US$ 80 bilhões, o complexo TIC atingiu US$ 139,1 bilhões, representando 7% do Produto Interno Bruto.
A maior fatia do TI/BPO ainda está concentrada no hardware(servidores, periféricos e equipamentos de redes), vindo a seguir Serviços (planejamento, desenvolvimento, suporte e gerenciamento de sistemas e processos), BPO e Software. O mercado de exportação de TI/BPO possui como catalizador de receita a área de serviços de TI.
A maior parte está ligada ao desenvolvimento (73%). No segmento de BPO, a demanda se concentra em call centers, com 40% da atividade. Nessa área, a maior parte dos projetos envolve filiais de multinacionais realizando atividades para a matriz (captive centers). O estudo da Brasscom revela que as operações voltadas para o exterior são Help Desk e centrais de atendimentos (SAC) para B2B e B2C.
Para mobilizar o mercado externo, a entidade está fazendo um trabalho intensivo nos Estados Unidos, comprador de 80% dos serviços de TI exportados do país. A entidade recém-abriu um escritório em Nova York, e planeja ter outro em Chicago. O objetivo é criar laços de intercâmbio entre os dois países.
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