Quase 200 estudantes de 54 escolas públicas catarinenses apresentaram projetos de ciência e tecnologia durante a 10ª Sepex (Semana de Ensino Pesquisa e Extensão) na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). A 6ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia, organizada pela Secretaria de Estado e Educação, tem apoio da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).
Quase 200 estudantes de 54 escolas públicas catarinenses apresentaram projetos de ciência e tecnologia durante a 10ª Sepex (Semana de Ensino Pesquisa e Extensão) na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). A 6ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia, organizada pela Secretaria de Estado e Educação, tem apoio da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).
O principal objetivo da feira é incentivar a ciência desde cedo e estimular os jovens a seguir carreira científica. Também mostra resultados práticos com projetos em diferentes áreas do conhecimento que revelam a criatividade dos alunos e professores.
Com o mesmo objetivo, Fapesc e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) lançaram a chamada pública “Bolsas de Iniciação Científica Júnior”, cujas inscrições estão abertas até 25 de outubro. Em 2012 serão oferecidos R$ 528 mil em bolsas de pesquisa e auxílios financeiros para desenvolver os projetos.
“Neste ano temos uma novidade: além da bolsa de R$ 100 mensais para o aluno durante um ano, a Fapesc irá disponibilizar uma ajuda de custo de R$ 1 mil para custeio das despesas com a pesquisa a ser realizada”, explica Miguel Pelandré, Coordenador de Projetos da Fundação.
Segundo Miguel, alunos que participaram da Feira de Ciências e Tecnologia terão preferência na obtenção das bolsas, desde que cumpram todos os demais pré-requisitos existentes no edital da chamada pública.
“A Fapesc está incentivando a pesquisa desde cedo, contemplando, com bolsas, desde alunos de escolas de segundo grau até universidades. E isso se reflete na Sepex e na Feira de Ciências: nas duas você vê estudos com fitoterápicos, energia etc. O que muda é a complexidade do estudo e as ferramentas que você usa e como pode ser mostrado, didaticamente, aquilo que ficava restrito ao âmbito de grupos especializados”, comenta o Presidente da Fapesc, Sergio Luiz Gargioni.
Conheça alguns dos projetos apresentados durante a 6ª Feira Estadual de Ciência e Tecnologia. E para maiores informações sobre a chamada pública “Bolsa de Iniciação Científica Júnior” acesse o site http://www.fapesc.sc.gov.br/ e clique em Chamadas Públicas.
Internet via Rede Elétrica
O projeto das alunas Helena Karine da Silva (15) e Elizangela Coelho (14), da Escola Profª Lídia Leal Gomes de São João Batista (Grande Florianópolis), pesquisou a possível implantação de Internet via rede elétrica no estado. As estudantes explicam que o sistema já vem sendo utilizado em algumas cidades brasileiras como Porto Alegre, São Paulo e Maranhão. E os benefícios dessa tecnologia são inúmeros: “as principais vantagens desse sistema é a facilidade de implantação e o baixo custo, porque o sistema aproveita a estrutura já existente nas casas, além de possuir os mesmos benefícios dos sistemas existentes hoje no mercado”, explica Helena.
“Pretendo estudar administração e abrir meu próprio negócio. E para isso tecnologia é fundamental, sem ela não haverá empregos. A feira contribui para isso, leva conhecimento a outras pessoas”, finaliza a estudante.
Três projetos receberam troféus
Barbara Lúcia dos Santos (12) e Maila Venturin Veras (13) são estudantes da 6ª Série da Escola Profº João Martins Veras, localizada em Joinvile (norte de Santa Catarina). O objetivo da pesquisa das alunas é mostrar a importância da energia eólica e da possível implantação do sistema no estado. Preocupadas com o futuro e com o meio ambiente, as pesquisadoras mirins explicam que a energia eólica é simples e limpa, além de causar menos impactos ambientais que usinas hidroelétricas, por exemplo.
As alunas tiveram a ideia de pesquisar sobre energia eólica assistindo televisão e obtiveram incentivos dos pais, professores e da escola.
Roberto Leão de Paulo é o professor orientador do projeto e explica que participa de feiras há mais de três anos. “Dessa vez, escolhi contribuir com alunos do ensino fundamental para que estes cresçam a cada ano. Quando eles chegarem ao ensino médio estarão mais motivados e preparados para desenvolver projetos inovadores”, comenta o professor.
As representantes da Escola Casa Familiar Rural Esperança, de Iporã do Oeste (Oeste Catarinense), são as alunas do curso técnico em Agricultura, Tânia Marta Ferrabali (16) e Luana Inês Petry (16). O objetivo da pesquisa das estudantes é utilizar parte de determinadas plantas para fins farmacêuticos no tratamento de bovinos de leite. Para isso foram gastos sete meses de pesquisa e dedicação que resultaram em óleos e sabonetes que irão proteger e curar animais de doenças comuns na região oeste.
Para Luana, participar dessa pesquisa foi gratificante porque assim pode ajudar os produtores rurais da cidade onde mora. Já Tânia, que pretender ser médica veterinária, afirma que “eu acho a feira de ciências muito importante, porque divulga pesquisas e reconhece os esforços dos alunos que se dedicaram em fazer um projeto”.
Elas foram premiadas com o Troféu Destaque na categoria Educação Profissional e vão representar Santa Catarina numa mostra internacional de C&T a ser realizada em Novo Hamburgo em 2012, juntamente com a dupla William Hackbort e Paulo Henrique Volkman, vencedores na categoria Ensino médio. Os estudantes da Escola Estadual Alberto Bauer, de Jaraguá do Sul, obtiveram nota máxima (201,5 pontos de um total de 210) com o projeto Luneta invertida: um novo modo de ver o mundo, orientado pelo Prof. Sandro Ribas.
Outro ganhador do Troféu Destaque, na categoria ensino fundamental, foi um projeto sobre acidente vascular cerebral feito na Escola Estadual Básica Frei Manoel Filipi, de Ituporanga. Ele foi feito, sob orientação da Profa. Rosângela Goedert, pelas alunas Pamela Albin e Arthur Bezerra, que também conquistaram o direito de ir para uma feira nacional em Olinda.
Fonte: FAPESC