FINEP investe cerca de R$ 80 milhões em segurança pública
Nos últimos anos, a FINEP aprovou cerca de R$ 80 milhões em financiamentos para projetos ligados à área de segurança pública. O pensamento, como não poderia deixar de ser, reside na volta da tranquilidade aos passeios públicos brasileiros e em dois grandes eventos: a Copa do Mundo de 2014 – a segunda em solo canarinho – e também as Olimpíadas do Rio, em 2016.
Nos últimos anos, a FINEP aprovou cerca de R$ 80 milhões em financiamentos para projetos ligados à área de segurança pública. O pensamento, como não poderia deixar de ser, reside na volta da tranquilidade aos passeios públicos brasileiros e em dois grandes eventos: a Copa do Mundo de 2014 – a segunda em solo canarinho – e também as Olimpíadas do Rio, em 2016.
O Disque-Denúncia do Rio, serviço em que o cidadão fluminense pode dar informações sobre crimes com garantia de anonimato, é um exemplo de projeto bem sucedido que recebeu recursos da Financiadora. Depois de um primeiro aporte no valor de R$ 335 mil, em 2006, para a compra de equipamentos, a FINEP e os responsáveis pelo serviço voltaram a conversar. O resultado é o apoio de quase R$ 950 mil para o projeto “Sala de Situação de Estudos, Vigilância e Inteligência de Natureza Criminal e Informações Analíticas de Segurança Pública”. A ideia é ampliar a capacidade de armazenamento e cruzamento de dados que preenchem o banco do serviço, além de dinamizar o fluxo de informações junto às delegacias do estado.
Em abril passado, um homem invadiu uma escola pública carioca e, numa ação que lembrou as históricas chacinas a estudantes nos EUA, atirou e matou 12 crianças. O assassino foi morto por um policial, mas, caso tivesse fugido, já seria possível saber de qual arma partiram os tiros que chocaram o país por intermédio de uma tecnologia desenvolvida pela empresa Photonita. A firma catarinense investiu no desenvolvimento de um equipamento capaz de identificar as armas envolvidas em crimes, a partir da medição das marcas deixadas na munição disparada: o sistema Lepus.
Foram quase R$ 400 mil da FINEP para o desenvolvimento do protótipo. A identificação balística a que se propõe este sistema baseia-se no exame microcomparativo dos elementos dos projéteis.Por exemplo, quando uma arma é apreendida, os peritos podem comparar as marcas que ela produz com as marcas encontradas nos elementos de munição de vários outros crimes, descobrindo se ela esteve ali envolvida. A solução pode ser usada com precisão, em caso de conflitos armados, para reconhecer de qual objeto de fogo partiu um disparo que tenha provocado vítimas, como no caso da escola no Rio. O equipamento é aplicado na aquisição e no armazenamento de fotos tanto de projéteis, como de estojos deflagrados, e oferece uma visão única de 360°.