Finep negocia mais recursos para 2011
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, negociam um empréstimo de R$ 2 bilhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Os recursos serão usados para estimular que as empresas façam mais inovação.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT) e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, negociam um empréstimo de R$ 2 bilhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Os recursos serão usados para estimular que as empresas façam mais inovação.
Em 2011, o orçamento da Finep atingiu R$ 5,1 bilhões. “No Brasil a taxa de inovação ainda é baixa. Com mais recursos temos mais chances de mudar esse panorama”, afirmou o diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Finep, Roberto Vermulum.
Entre 2006 e 2008, segundo dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), organizada pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 38% das empresas apresentarem pelo menos um produto inovador. Neste período, foram aplicados em pesquisas e desenvolvimento (P&D) por essas empresas R$ 10,7 bilhões. “Percebemos que o empresariado usa poucos recursos de terceiros para investir em P&D”, destacou o diretor durante uma palestra na 63ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Metade das empresas que investem continuamente em atividades inovadoras estão no setor de automobilismo e petróleo e gás. Vermulum defendeu mais recursos para que a Finep possa aportar dinheiro em projetos mais ambiciosos. “Com o recurso atual o nosso limite de financiamento não permitem investimentos altos. Além disso, poderemos aportar recursos em segmentos que nos trarão inovações em um tempo mais curto como o setor têxtil”.
A expectativa da Financiadora é chegar em 2014 com R$ 50 bilhões disponíveis para financiamento. Vermulum reconhece que o valor é alto, mas disse que é possível o orçamento chegar a esse patamar. “Com esse orçamento vamos garantir que o investimento empresarial em atividades inovadoras atinja 0,9% da soma de tudo que é produzido no Brasil”, finalizou.