‘Floripa Mais Empregos’ realiza formatura de profissionais para o mercado de trabalho
O projeto Floripa Mais Empregos realizou a formatura de cursos de Desenvolvedor Nível 1 e 3 (Dev1 e Dev3) e de Assistente de Recursos Humanos, no dia 13 de dezembro, no lounge do CIA Primavera, com o apoio da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). As formações foram criadas de acordo com as demandas do setor empresarial na capital catarinense, organizadas pela Pró-Reitoria de Extensão (ProEx) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e realizadas de maneira remota, sob orientação de docentes da instituição.
Lançado em janeiro de 2021 pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, em parceria com o SEBRAE/SC, a FIESC, o SENAI e outras entidades, o Floripa Mais Empregos tem o objetivo de acelerar a economia e a retomada de contratações em Florianópolis, capacitando profissionais à entrada no mercado e dando apoio aos setores produtivos. Devido ao rápido crescimento do polo tecnológico florianopolitano, a cidade registra uma escassez significativa de talentos, levando diversos atores do ecossistema de inovação a somar esforços para suprir essa falta.
“A Prefeitura de Florianópolis encontrou parcerias para conciliar a necessidade do mercado de encontrar profissionais com a busca dos seus cidadãos por oportunidades. Muito mais do que trabalhar a formação e a qualificação das pessoas, estamos aqui para celebrar aqueles que efetivamente chegam ao final desse período de aprendizado, apesar dos desafios”, comenta o prefeito Gean Loureiro.
O programa também contribui para qualificar profissionais para etapas seguintes da formação de talentos para a tecnologia, como o DEVinHouse — oferecido pela ACATE e o SENAI, em parceria com empresas —, e ajudá-los a encontrar vagas de emprego, através de um portal-online.
Participaram do evento, além do prefeito de Florianópolis, o vice-prefeito Topazio Neto; o pró-reitor de Extensão da UFSC, Rogério Cid Bastos; o vice-presidente de Talentos da ACATE; Moacir Marafon; o gerente regional do SEBRAE na Grande Florianópolis, Wanderley Andrade; e o corpo docente dos cursos oferecidos.
Durante a cerimônia no CIA Primavera, Wanderley Andrade, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Santa Catarina (SEBRAE/SC), contou que a criação do “Floripa Mais Empregos” ocorreu em clima de urgência. “Nós conversamos com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, no ano passado, e tentamos desenhar algo que atendesse, em um formato sustentável e ágil, às pessoas afetadas diretamente pelo desemprego. Naquele momento, tínhamos um número muito assustador de 16 mil desempregados apenas em Florianópolis. Iniciamos o projeto remotamente, contando com a parceria da FIESC, que cedeu um espaço on-line para inserirmos os cursos e implantarmos o modelo de maneira rápida. Hoje, recuperamos esses números e acredito que o trabalho foi bem feito”.
Também no evento, Moacir Marafon, vice-presidente de Talentos da ACATE, destacou os impactos positivos que esse tipo de projeto tem na economia catarinense. “Esse é apenas o começo, o ‘efeito borboleta’ na carreira dos alunos. Muitas vezes, tomamos pequenas decisões que mudam completamente a nossa vida”. Ao sair da formação, os estudantes encontrarão um leque de possibilidades. “Na Grande Florianópolis, hoje, nós temos mais de 8300 empreendedores do setor de tecnologia. Numa pesquisa feita pela ACATE no final do primeiro semestre, nós chegamos ao número de que, só em 2021, o setor de tecnologia da capital contrataria mais de 2 mil novos colaboradores. Nos próximos três anos, vai contratar mais de 8 mil. Há empresas com 180 vagas abertas e metade destas são para desenvolvedores; a outra metade é para profissionais diversos com perfil tecnológico”, explica.
Marafon destacou ainda a importância da parceria entre o poder público e diferentes atores do ecossistema. “Que bom que esse evento aconteceu aqui, em um centro de inovação como o CIA Primavera, porque esse é um símbolo da tecnologia. Um espaço despojado e conhecido no mundo. Fico super feliz que a Universidade Federal de Santa Catarina foi a instituição que ministrou os cursos. Tenho uma paixão pela Universidade, porque muitos que estão no setor de tecnologia hoje, com certeza, se formaram lá”.
Representando a UFSC, o pró-reitor de Extensão Rogério Bastos afirmou que ações assim fazem parte do papel social da instituição. “Nos dias de hoje, nós precisamos criar condições para que o nosso povo consiga se desenvolver economicamente. Nesta cerimônia, os alunos recebem diplomas de uma universidade que trabalha diariamente para ser a melhor do país e uma das melhores do mundo. Em alguns casos, no serviço público, um título aumenta em até 15% o salário de um profissional”.
Na definição do professor Bastos, as instituições públicas de ensino superior precisam atuar como “ponta”, fazendo descobertas e promovendo a inovação, e “alavanca”, desenvolvendo a economia ao seu redor. “O que entregamos não é apenas um certificado, mas uma ferramenta que pode auxiliar na realização de sonhos”, finaliza.