Futuro do software depende de mão de obra
Jovens, acostumados ao mundo digital e com uma mentalidade voltada para o trabalho em rede e colaborativo. É nesse perfil de pessoas que a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) está de olho. “O futuro do software depende muito da nossa capacidade de gerar mão de obra qualificada, e estamos apostando na juventude”, comenta o vice-presidente executivo da entidade, Ney Gilberto Leal.
Jovens, acostumados ao mundo digital e com uma mentalidade voltada para o trabalho em rede e colaborativo. É nesse perfil de pessoas que a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) está de olho. “O futuro do software depende muito da nossa capacidade de gerar mão de obra qualificada, e estamos apostando na juventude”, comenta o vice-presidente executivo da entidade, Ney Gilberto Leal. Ele esteve nesta semana em Porto Alegre reunido com representantes da Softsul, uma das agentes da instituição no País, para falar de projetos nas áreas de qualidade, investimentos, internacionalização, inteligência e inovação.
Ney Leal – vice presidentePara o gestor, esse perfil de profissional é fundamental para as empresas conseguirem inovar e obter resultados importantes em termos de diferenciais no mercado. Dentro dessa perspectiva, a Softex tem atuado ativamente no projeto Brasil Mais TI, uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Já foram realizadas mais de 1,5 mil horas de treinamento on-line de jovens nessa área do software, chegando a 100 mil inscritos nos cursos disponíveis. “São duas visões fundamentais para o futuro do setor: capacitar pessoas que possam ser absorvidas pelas empresas e colaborar para a internacionalização destes players, com produtos com um padrão global de qualidade”, observa Leal.
A visão da entidade é de que existem novas oportunidades surgindo para o setor de software — que representa de 40% a 45% de toda indústria de TI brasileira. E isso exige fôlego e mentalidade nova dos profissionais. É o caso do mercado de internet de todas as coisas e cidades inteligentes. Para Leal, o desafio é que as empresas nacionais consigam se inserir nesse movimento e fornecer os sistemas para sensores e etiquetas inteligentes, que ficam embarcados nos produtos. “Estamos começando a desenvolver esse trabalho agora. Até porque a internet das coisas, por exemplo, envolve segurança nacional e é muito interessante conseguirmos manter isso dentro da nossa indústria local”, defende.
A Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI (IBSS) é composta por mais de 70 mil empresas, que geram receita líquida de aproximadamente US$ 40 bilhões e fornecem trabalho para 604 mil pessoas, entre sócios e assalariados.
Pelos dados da Softex, o estado de São Paulo concentra parte significativa da IBSS. No entanto, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também são polos importantes no desenvolvimento de software e prestação de serviços de TI. “O mercado gaúcho é um berço do desenvolvimento de software e consegue absorver produtos de inteligência e inovadores, como na área de telecom”, comenta Leal.
Fonte: Jornal do Comércio – Patricia Knebel – 9/7/2014