Governo cria 38 institutos federais de educação e C&T
Na avaliação do presidente, o Brasil vive um momento importante na área de ciência e tecnologia e a educação profissional, qualificando mão-de-obra, dá um lastro para o desenvolvimento econômico e social. Até 2010, quando a expansão da educação profissional estará completa, o país deverá abrir 500 mil vagas nas diferentes modalidades de ensino, da educação média integrada à formação superior em tecnologia.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, destaca que a principal inovação está no modelo pedagógico, que é o investimento na qualidade, além de oferecer aos jovens uma série de oportunidades de profissionalização e de retorno aos bancos das escolas. De acordo com ele, esse modelo oferece ao cidadão três opções de profissionalização: fazer o ensino médio numa escola pública e ao mesmo tempo realizar a formação profissional na rede federal; fazer a formação profissional depois do ensino médio; ou concretizar as duas formações ao mesmo tempo.
Em notícia publicada pelo informativo Em Questão, editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Haddad ainda lembra que as inovações promovidas no ensino médio não param na educação profissional oferecida pela rede federal. Ele ressalta que, até 2004, os alunos do ensino médio não tinham livro didático e que hoje isso é uma realidade.
Além disso, o ministro considera que a Bolsa Família para estudantes de 16 e 17 anos, que começou a ser disponibilizada no ano passado, também ajuda a manter na escola os jovens de baixa renda. Haddad acredita que, em 2009, o Congresso Nacional deverá aprovar um conjunto de medidas para o ensino médio que abrange a oferta de transporte e merenda escolar, além da extensão do programa Dinheiro Direto na Escola, ações que já contemplam todo o ensino fundamental.
Institutos
Os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, que abrangem os 26 Estados da Federação e o Distrito Federal, iniciarão as suas atividades com 168 campi. Em 2010, quando plenamente implantados, esse número chegará a 311. Nesse mesmo prazo, as vagas serão ampliadas de 215 mil para 500 mil.
A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica destinará metade de suas vagas para o ensino médio integrado à educação profissional. Na educação superior, 30% das vagas serão voltadas para os cursos de engenharias e bacharelados tecnológicos; e 20% das vagas para as licenciaturas em ciências da natureza (física, química, biologia e matemática). Serão incentivadas as licenciaturas com conteúdos específicos da educação profissional e tecnológica (mecânica, eletricidade e informática). No que diz respeito à pesquisa e extensão, será estimulada a busca de soluções técnicas e tecnológicas.
Os 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia foram criados a partir da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A iniciativa é formada pelos centros federais de educação tecnológica (Cefets), escolas agrotécnicas federais e escolas técnicas vinculadas às universidades.