Governo negocia investimentos em TI no Brasil
Após seis meses da visita da comitiva presidencial à China, em abril deste ano, o governo brasileiro aposta agora em ampliar as negociações com a multinacional taiwanesa Foxconn para desenvolver o setor de tecnologia da informação no país.
Após seis meses da visita da comitiva presidencial à China, em abril deste ano, o governo brasileiro aposta agora em ampliar as negociações com a multinacional taiwanesa Foxconn para desenvolver o setor de tecnologia da informação no país. Após reunião hoje (13), no Palácio do Planalto, o ministro da Ciência Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, comunicou que o presidente da Foxconn Technology Group, Terry Gou, reafirmou em conversa com a presidenta Dilma Rousseff seus compromissos em trazer investimentos de grande porte para o Brasil.
Segundo Mercadante, a ideia é tornar o Brasil o primeiro país no Ocidente a produzir telas sensíveis ao toque. Para isso, informou, está em fase de negociação a implantação de uma fábrica de displays em território brasileiro e uma segunda fábrica no segmento virá associada.
O investimento de grande vulto envolverá parceiros nacionais, a necessidade de formação técnica específica e o cumprimento de exigências rigorosas para a instalação do complexo. “É alta tecnologia que exige muito consumo de energia, água, logística e um aeroporto internacional próximo à fábrica. A escolha do local será técnica. Seis estados participado deste processo de consulta”, disse o ministro.
A expectativa do governo brasileiro é, com as fábricas de displays, viabilizar o desenvolvimento de outros setores de componentes. “É um investimento muito mais complexo, estruturante, de grande porte, que é produzir as telas dos smartphones, dos tablets, dos computadores e dos televisores. Só quatro países no mundo produzem”, disse Mercadante.
O ministro comentou a “visão otimista” dos chineses em relação ao Brasil. Disse que estão determinados em avançar nas negociações e que a presidenta Dilma Rousseff, por sua vez, também exigiu que seja feita a transferência de tecnologia ao país de forma ampla e irrestrita. “O processo está bastante avançado e demos passos ainda mais decisivos nesta visita”, concluiu.