Incêndios florestais no Chile: predição pode antever catástrofes
Os incêndios florestais são uma das piores catástrofes naturais que assolam o Chile nos últimos anos. Apenas nas últimas semanas, segundo dados da CORMA (Corporação chilena da madeira) – entidade nacional que reúne mais de 160 representantes do setor florestal, 90% do setor florestal e 55% de todos os hectares de árvores plantadas no país -, somente as empresas da cadeia florestal mobilizaram 60 aeronaves e 3.300 brigadistas para combater incêndios, fora o número expressivo de socorristas encaminhados pelo governo nacional do país andino para ajudar no combate.
Desde domingo (05/02), pelo menos 26 pessoas morreram em consequência do fogo e outras 970 ficaram feridas. No total, mais de 400 mil hectares queimaram em regiões do centro- sul chileno. 2023 já se tornou o segundo pior ano em termos de área queimada no Chile, na história. Contudo, apesar de destrutivos e difíceis de combater, os incêndios florestais ocorrem em regiões capazes de serem monitoradas previamente.
Previsão de riscos é uma opção efetiva para ações preventivas
Para Diogo Machado, um dos sócios da Quiron, o trabalho de predição das áreas críticas aos maiores riscos de ocorrência severa de fogo podem ser realizados antes e até mesmo durante o aparecimento de incêndios em campo. Por isso, adotar vias de como prevenir incêndios florestais é uma solução para evitar gastos e perdas.
A Quiron é uma provedora de dados sobre florestas. A equipe desenvolve tecnologias focadas em obter análises e informações conclusivas acerca de áreas florestais de qualquer lugar do mundo. Assim, é possível, por exemplo, descobrir a probabilidade de focos de incêndio até 10 dias antes de que eles venham a surgir. Os levantamentos também consideram outros dados sobre as condições e produtividade de espécies plantadas.
“Diversas empresas e segmentos estão gastando bastante dinheiro com a reação. De toda forma, nosso trabalho, principalmente numa época de temporada de incêndio, éidentificar os locais com maior probabilidade de ignição e risco de queima. Então, estratégias preventivas, mesmo durante a temporada de fogo, poderiam ser melhor planejadas e atualizadas. Quando há um, dois ou mais incêndios florestais simultâneos, ocorrendo num mesmo momento, e na mesma floresta, também é possível identificar qual é o risco de fogo dessa localidade, podendo ser assim priorizado o combate de incêndio em locais específicos mais perigosos, tendo como base a predição de risco previamente realizada”, esclarece Diogo.
Como funciona a predição de incêndios florestais
Os riscos de incêndios florestais, assim, apresentam-se em plataformas com informações diárias sobre as ameaças iminentes de fogo, e se alinham às variáveis meteorológicas e outros fatores, oferecendo uma escala de gravidade coerente com as ponderações de chance de incêndios utilizadas internacionalmente, mas com uma precisão muito maior.
Vale ressaltar que as informações gráficas disponibilizadas, os pontos críticos e mapas pormenorizados,também levam em conta a presença humana. Esse é um fator chave para uma propagação mais substancial do fogo, além das causas naturais dos incêndios florestais.
“Quando monitoramos, podemos gerar um alerta de situação crítica. Com base nisso, é possível tomar ações preventivas na área indicada. Entre elas, estão a redução de material combustível e principalmente a educação e alerta da população, para evitar atividades de risco potencial para ocorrência de incêndios. Em empresas florestais, inclusive, algumas atividades são proibidas em situações de risco elevado”, lembra Adam Marques, líder de Pesquisa e Desenvolvimento da Quiron Digital.
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