Indústria catarinense planeja investir mais em inovação
Conforme a pesquisa, realizada com empresas de pequeno (13%), médio (45%) e grande porte (42%) de 15 segmentos industriais, o principal meio utilizado pelas indústrias para manter o crescimento e a competitividade é a melhoria, a diferenciação e a criação de novos produtos. Em seguida, aparecem a otimização e a inovação dos processos e em terceiro lugar novas estratégias de mercado e marketing. O levantamento também mostra que para manter a competitividade, a posição de mercado e a lucratividade 87% das indústrias planejam investir em inovação no período de 2009 a 2011.
O presidente do Sistema FIESC, Alcantaro Corrêa, afirma que a pesquisa mostra a preocupação cada vez maior das empresas em continuar investindo em inovação e implementá-la de forma sistemática. “As indústrias estão investindo cada vez mais porque perceberam que a inovação aliada à gestão tornou-se um diferencial que oferece competitividade, melhora a produtividade e a qualidade dos produtos, além de reduzir custos e aumentar a participação das empresas no mercado internacional”.
O estudo mostra que 77% das empresas já investem em inovação. A principal área contemplada é a de produtos. Para os industriais, a aquisição de máquinas, equipamentos, a infra-estrutura interna (laboratórios, prototipagem) e a pesquisa e o desenvolvimento (P&D) são elementos importantes no processo de inovação, possuindo alto impacto nos negócios. A pesquisa também mostra que o principal resultado esperado com a realização da inovação é o aumento da lucratividade. Em segundo lugar aparece o aumento da participação da empresa no mercado nacional.
Em relação a fonte de recursos para financiar os investimento para inovação, 93% afirmaram que conhecem agências de fomento. Entre as mais citadas estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Por outro lado, 63% das indústrias utiliza recursos próprios para investir em inovação. Segundo as empresas, há obstáculos para conseguir investir em inovação. Entre eles estão o alto custo para a aquisição de equipamentos, matérias-primas e componentes e o alto custo dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Mais da metade das indústrias (55,8%) investe de 1 a 2,9% do faturamento em inovação, 27,9% investem de 1 a 1,9%, 27,9% investem entre 2 e 2,9% do faturamento e 19,7% investem menos de 1% do faturamento. De acordo com a pesquisa, 79% das indústrias possuem área de pesquisa e desenvolvimento ou um grupo responsável por trabalhar a questão da inovação. Já 21% afirmaram que não tem.
O percentual de faturamento a partir de produtos lançados nos últimos três anos variou entre os segmentos de atividade industrial. As indústrias do vestuário, têxteis, máquinas, aparelhos e materiais elétricos são as que possuem maior parcela de faturamento proveniente de novos produtos.
Assessoria de Imprensa do Sistema FIESC