Indústria vai pleitear política de inovação aos presidenciáveis
Os últimos resultados da indústria brasileira, que demonstram uma expansão da atividade praticamente generalizada, abriram espaço, na visão do setor, para que o País decida qual papel quer ter no mercado internacional. Com esse objetivo, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) já incluiu no pleito aos candidatos uma política de governo para incentivar a inovação.
Os últimos resultados da indústria brasileira, que demonstram uma expansão da atividade praticamente generalizada, abriram espaço, na visão do setor, para que o País decida qual papel quer ter no mercado internacional. Com esse objetivo, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) já incluiu no pleito aos candidatos uma política de governo para incentivar a inovação.
Segundo a análise do Iedi, elaborada com base nos últimos dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), as exportações de alta tecnologia já representam 23% do comércio mundial de manufaturas, enquanto que as de média-baixa tecnologia significam 20%.
Entre 1997 e 2007, conforme os dados, o Brasil registrou um crescimento médio de 15% ao ano nas exportações de alta tecnologia, enquanto que China e Índia avançaram, respectivamente, 30% e 17%.
Para Julio Sérgio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de política econômica do governo, o resultado demonstra que o Brasil avançou durante este período, mas não significa dizer que não consiga maiores avanços, por isso a inclusão do tema na agenda que será apresentada aos candidatos.
“O País vai precisar eleger dez ou 15 setores e apostar no crescimento deles. Isso aconteceu com o etanol e com a aviação, que hoje são reconhecidamente grandes produtos desenvolvidos aqui”, afirmou.
N a opinião do ex-secretário de política econômica, existe espaço para o País criar outras empresas como a Embraer.
Gomes de Almeida ressalta ainda a melhoria nas condições de desenvolvimento de tecnologias nos últimos anos. “É um processo iniciado no começo da década. Se me perguntassem os desafios há três anos, diria que é a falta de financiamento. Hoje é uma política mais focada”, concluiu.
Site IG