Ingleses querem ampliar cooperação científica com o Brasil
Embora já tenha acordo básico de cooperação científica e tecnológica há mais de uma década com o Brasil, a Inglaterra está muito interessada em ampliar e fortalecer as ações nessas áreas. A manifestação foi apresentada dia 15 de abril pelo Embaixador Britânico no Brasil, Alan Charlton, em encontro com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.
Embora já tenha acordo básico de cooperação científica e tecnológica há mais de uma década com o Brasil, a Inglaterra está muito interessada em ampliar e fortalecer as ações nessas áreas. A manifestação foi apresentada dia 15 de abril pelo Embaixador Britânico no Brasil, Alan Charlton, em encontro com o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende.
Charlton disse ao ministro Rezende que fará todos os esforços possíveis para contornar as regras inglesas no que diz respeito ao lançamento de editais bilaterais para que Brasil e Reino Unido possam, ainda este ano, lançar um edital conjunto propondo pesquisas em áreas de interesse mútuo a serem discutidas.
O Conselheiro da Embaixada Britânica para assuntos de C&T, Damian Popolo, também presente ao encontro, disse que desde 2006, quando os dois países fortaleceram a cooperação bilateral em ciência e tecnologia, o Reino Unido já investiu o equivalente a R$ 1 milhão no incremento de estudos conjuntos em diversos segmentos científicos. Lembrou ainda que nos últimos quatro anos mais de 400 pesquisadores ingleses estiveram no País trocando experiência com cerca de 30 mil pesquisadores e estudantes de pós-graduação.
Um dos resultados desse intercâmbio pode ser avaliado no número de artigos científicos produzidos em conjunto por cientistas dos dois países. Eles passaram de 400 paper em 1999 para cerca de 900 por ano desde então. Popolo também fez referência a parceria na área espacial destacando a instalação de uma câmara de alta resolução no satélite Amazônia 1, com lançamento previsto para 2011.
A câmara RALCam-3 produzirá imagens com resolução da superfície terrestre de cerca de 12 metros e com 110 quilômetros de campo de vista. Sua tecnologia é inédita em satélites brasileiros e permitirá a geração de imagens com maior definição, aptas, por exemplo, a monitorar o meio ambiente e prover a gestão de recursos naturais.
Charlton e o ministro Rezende também conversaram sobre a visita ao Brasil em junho próximo do cientista John Beddington, consultor do governo britânico para questões de ciência, tecnologia e inovação.
Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)