Inovação na autenticação fortalece segurança da telemedicina
A empresa BRy Tecnologia participou, nos últimos três anos, de um projeto que, além de ampliar o acesso de cidadãos a exames e diagnósticos médicos, também contribuiu para o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora e ainda pouco utilizada no Brasil. A BRy foi uma das três entidades envolvidas na iniciativa, que também contou com dois laboratórios de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina.
A empresa BRy Tecnologia participou, nos últimos três anos, de um projeto que, além de ampliar o acesso de cidadãos a exames e diagnósticos médicos, também contribuiu para o desenvolvimento de uma tecnologia inovadora e ainda pouco utilizada no Brasil. A BRy foi uma das três entidades envolvidas na iniciativa, que também contou com dois laboratórios de pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina. Um dos resultados do projeto foi o avanço na forma autenticação de usuários, fortalecendo a segurança do acesso aos sistemas informatizados na área da saúde. Essa nova tecnologia foi aplicada na Rede Catarinense de Telemedicina.
A Rede de Telemedicina possibilita o envio de exames e a emissão a distância de laudos por médicos especialistas, sem a necessidade do deslocamento do paciente para grandes centros urbanos. Para usar o sistema onde são publicados e distribuídos esses dados, os médicos e profissionais de saúde utilizavam apenas login e senha para acesso. O projeto visou o desenvolvimento uma forma alternativa, que fortalecesse o controle sobre esse acesso, oferecendo mais segurança aos médicos, profissionais de saúde e pacientes.
De acordo com um dos responsáveis pelo projeto e pesquisador do Laboratório de Segurança da Computação (LabSEC), Jean Everson Martina, o novo modelo de acesso ao sistema da Rede de Telemedicina integra segurança e praticidade. “Desenvolvemos um framework de autenticação que integra ao portal da Rede de Telemedicina diferentes recursos para reconhecer, comprovar e atestar a identidade do usuário do sistema. Ao mesmo tempo, tivemos a preocupação em não tornar o acesso ao sistema algo moroso e complexo para os profissionais de saúde”, destaca Martina, que também é professor do Departamento de Informática e Estatística da Universidade Federal de Santa Catarina (INE/UFSC).
Essa proposta de tecnologia de autenticação desenvolvida ainda é pouco utilizado no Brasil. “A solução integra diferentes formas de autenticação, além dos tradicionais login e senha. É possível verificar a autenticidade por meio de chamadas telefônicas – efetuadas ou recebidas -, mensagens para o celular do usuário, aplicativos instalados no celular e ainda determinar a autorização a um telefone específico, entre outros”, explica o pesquisador. No caso da Rede Catarinense de Telemedicina, além do login e senha, os usuários do sistema só poderão se autenticar após a apresentação de uma senha que será enviada para o smartphone do profissional.
Com essa tecnologia, será possível acessar com segurança o sistema de qualquer lugar e computador, o que facilita a rotina dos profissionais de saúde. “A tecnologia prevê um forte controle e auditoria da autenticação, tendo em vista que, no caso de sistemas para a saúde, não é possível negar ou bloquear o acesso dos profissionais a dados que podem salvar vidas. Dessa forma, o sistema oferece o total controle dos acessos, com o registro e rastreabilidade das atividades do usuário”, complementa o pesquisador do LabSEC. Ou seja, o novo modelo de autenticação usa as melhores tecnologias de controle de acesso sem atrapalhar a rotina dos profissionais de saúde.
O projeto foi concluído recentemente e já sendo utilizado pelos usuários da Rede Catarinense de Telemedicina. No momento, o uso da nova autenticação ainda é opcional. Após o período de adaptação dos profissionais deve passar a ser obrigatório para os cerca de sete mil usuários do sistema. O desenvolvimento dessa tecnologia foi resultado de uma parceria entre o LabSEC, a BRy Tecnologia, o Laboratório de Telemedicina da UFSC e a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, operadora da Rede de Telemedicina.