Inovação tecnológica é destaque em 2008
Segundo Guilherme Pereira, o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação (PAC,T&I – 2007/2010), lançado há um ano, foi o principal fator que alavancou a pesquisa científica nas empresas. Ele lembrou que, em 2006, 130 empresas usaram recursos para financiar suas pesquisas com base no desconto do imposto de renda, e que, em 2007, esse número saltou para 321. "Os recursos são significativos. Em 2006 o investimento das empresas foi de R$ 1,5 bilhão. No ano passado, chegou a R$ 4,85 bilhões, representando 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB)".
Pereira lembrou que o leque de empresas é extenso, tanto pela variedade de setores de atividade em que operam, quanto pelo porte das empresas. "E esse conjunto de instrumentos que temos procura cobrir toda essa diversificação. Cito o Programa de Extensão Tecnológica e o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), que são tópicos do Plano de Ação de C&T".
Sibratec
O Sibratec objetiva apoiar a inovação nas pequenas e médias empresas, indo desde a extensão até a consultoria tecnológica, podendo ajudar o empresário a identificar um problema e buscar a solução. Além disso, o sistema apoia profissionais e laboratórios acadêmicos, que estão voltados para interagir com empresas no desenvolvimento de processos e produtos. Já o Programa de Extensão Tecnológica apoia a formação de redes e disponibiliza os serviços de calibração de ensaio, de testes de produto.
Para empresas de pequeno e médio portes, Pereira destacou o programa de subvenção econômica que já tem editais publicados no valor de R$ 450 milhões. Esse recursos servem também para bolsas de pesquisa, visando absorver mão de obra qualificada em seus quadros de funcionários por um determinado período.
O secretário lembrou que o investimento em inovação tecnológica permite que as empresas abatam 100% no imposto de renda. "Se a empresa incorporou, se ampliou o quadro de doutores ou se depositou pedidos de patentes, pode deduzir a despesa. Isso vai reduzir o custo final".
Crise
Apesar da crise econômica, Pereira disse que as empresas continuam investindo em pesquisa tecnológica, sem afetar no corte de pessoal. "Hoje, a maioria das empresas no Brasil já está consciente de que o investimento na inovação é estratégico, e que cortar recursos na área de inovação pode ser prejudicial, uma vez que elas precisam se manter no mercado", finalizou.