Lei federal cria o Dia da Inovação em 19 de outubro
Foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 12.193/2010, que cria o Dia da Inovação em 19 de outubro. O Projeto de Lei, sugestão da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (PROTEC), tramita desde 2002. Este ano, o Prêmio Inovar para Crescer será entregue no Dia da Inovação não só a médias e grandes empresas, como em edições anteriores, mas também a empresas que inovaram em processo, jornalistas autores de reportagens sobre inovação no setor produtivo e pessoas físicas reconhecidas como grandes incentivadoras da promoção contínua da inovação na empresa.
Foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 12.193/2010, que cria o Dia da Inovação em 19 de outubro. O Projeto de Lei, sugestão da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (PROTEC), tramita desde 2002. Este ano, o Prêmio Inovar para Crescer será entregue no Dia da Inovação não só a médias e grandes empresas, como em edições anteriores, mas também a empresas que inovaram em processo, jornalistas autores de reportagens sobre inovação no setor produtivo e pessoas físicas reconhecidas como grandes incentivadoras da promoção contínua da inovação na empresa.
Depois de uma longa interrupção na tramitação do Projeto de Lei 7.238/2002, a proposta, apresentada pelo Poder Executivo, foi retomada em agosto de 2008. O relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara Federal, deputado Antônio Carlos Biscaia, destacou a função da data, na ocasião. “A aprovação do Dia da Inovação vai contribuir para incentivar e divulgar a importância da inovação tecnológica, com a realização, em uma data nacional, de eventos e debates sobre o tema”, disse.
Perseverança é a base da inovação
A data escolhida é uma homenagem a Santos Dumont, que no dia 19 de outubro de 1901 circundou pela primeira vez a Torre Eiffel em uma volta controlada, em seu dirigível nº 6. Mais conhecido como inventor do avião, Dumont era um persistente inovador. Entre balões, dirigíveis e diversos tipos de avião – monoplanos, biplanos e hidroplanadores – Dumont planejou, testou e construiu pelo menos 22 estruturas diferentes em onze anos, de 1898 a 1909. Durante os testes, os vários fracassos foram suplantados por modificações sistemáticas e novas tentativas, sempre em busca do aperfeiçoamento contínuo das máquinas voadoras.
Segundo o diretor geral da PROTEC, Roberto Nicolsky, a data foi escolhida com o objetivo de valorizar a perseverança. “A nossa cultura privilegia a descoberta, a invenção radical, a genialidade, que têm apelo mais sedutor. Não é nada eficaz, no entanto, basear políticas públicas de inovação na busca por descobertas, que envolvem procedimentos muito complexos, onerosos e de alto risco tecnológico. É só observar países como Coreia, China ou Índia, que têm altas taxas de crescimento do Produto Interno Bruto e nenhum produto novo. Esses países, emergentes como o Brasil, em vez de desperdiçar esforços ao tentar realizar descobertas radicais, se empenham em inovar, ou seja, introduzir alguma novidade em produtos ou processos já existentes para melhorá-los, reduzir seu custo ou facilitar a produção”, explica.
Para ele, exemplos como o de Santos Dumont podem ajudar a incentivar a formação de uma cultura de inovação tecnológica no Brasil. “O crescimento de um país não é fruto de um lance de genialidade, mas sim da agregação contínua e constante de valores no produto e no processo. Depois da invenção do aparelho de telefone celular, por exemplo, houve um aperfeiçoamento contínuo do produto – uma série de invenções incrementais desenvolvidas por empresas que não tiveram que arcar com os gastos e riscos da descoberta. E foram estas pequenas melhorias ao longo do tempo, objeto de mais de cinco mil patentes, que transformaram um dispositivo caro e de difícil manuseio em um aparelho acessível, portátil e multifuncional”, exemplifica Nicolsky.
“Temos que mostrar às empresas que é possível inovar melhorando a qualidade de seu produto, adequando-o a seu cliente e aperfeiçoando o processo produtivo para reduzir custos e tornar mais eficiente a produção. É este tipo de inovação que vai aumentar a competitividade das empresas e assegurar o crescimento do País”, conclui.
Notícias Protec