MCT assume capacitação em inglês para profissionais de TI
Correa, que participou nesta quarta-feira, 13/05, do Brasil Outsourcing 2009, evento que acontece na capital paulista, disse que como integrante do governo ouve há anos que o maior problema do mercado de software é a falta de capacitação em inglês dos seus profissionais.
“A dificuldade não é do profissional de TI. Ela é do brasileiro, é do modelo educacional. E o Brasil é um país onde há diversidade. O inglês é tão importante quanto o espanhol, o francês e qualquer outra língua. Precisamos entender isso”, disse Correa, a um executivo do setor, que sugeria a obrigatoriedade de um ensino da língua inglesa como ocorre, atualmente, na China.
“A proposta que estamos à frente é: Deixar apenas no mercado, não funcionou. Se desse, não faltariam profissionais capacitados. Temos que, como governo, então, liderar algo. A idéia é ir nas faculdades ligadas à área porque esses estudantes sabem que a língua inglesa é requisito básico. O inglês, no entanto, será técnico. É para o programador entender o inglês para trabalhar adequadamente”, exemplifica Correa.
O executivo do MCT, no entanto, não quis adiantar muitos detalhes sobre esse novo projeto que estará sob o guarda-chuva do programa Forsoft, que visa a capacitação de jovens carentes para o setor de software, lançado em 2006, e que teria a missão de formar 10 mil programadores de software até 2010, mas que no ano passado, tinha capacitado apenas 350. Em 2008, o ForSoft recebeu R$ 4 milhões do Ministério.
Apesar de assumir que o projeto com o Softex e a Brasscom não funcionou, o MCT manterá a parceria. Mas abre a porta para novos parceiros. “O importante é somar e não dividir. O momento é esse”, destacou Correa. Para ele, se o fato de o MCT conduzir essa retomada e ela conseguir certificar um determinado número de profissionais ainda em 2009, já será um avanço.
“Não quero dar números. É claro que temos metas. Mas, de novo, a iniciativa privada precisa endossar. Precisa ajudar. O governo tem a sua responsabilidade, mas quem pode fazer valer essa certificação é quem contrata. Se isso não ocorrer, a proposta pode não ir adiante como queremos”, alertou o coordenador de Serviços e Software de TI do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Site IT Careers