MIDI Tecnológico é responsável pelo desenvolvimento de 13% das empresas de tecnologia da Grande Florianópolis
Com o objetivo de incentivar a criação de empresas de base tecnológica e apoiar a inovação em Santa Catarina, o Sebrae/SC e a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) criaram, no dia 14 de agosto de 1998, a incubadora MIDI Tecnológico. Durante 18 anos, o MIDI auxiliou na maturação de mais de 100 negócios inovadores e foi responsável pela formação de cerca de 13% das empresas do Polo Tecnológico de Florianópolis, que é referência nacional.
Com o objetivo de incentivar a criação de empresas de base tecnológica e apoiar a inovação em Santa Catarina, o Sebrae/SC e a Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) criaram, no dia 14 de agosto de 1998, a incubadora MIDI Tecnológico. Durante 18 anos, o MIDI auxiliou na maturação de mais de 100 negócios inovadores e foi responsável pela formação de cerca de 13% das empresas do Polo Tecnológico de Florianópolis, que é referência nacional. No ano em que celebra sua “maioridade”, a entidade projeta um crescimento de 100% no faturamento das empresas incubadas.
Três objetivos norteiam o funcionamento das incubadoras: o impacto social, o desenvolvimento de um ecossistema empresarial e o incentivo ao empreendedorismo e à inovação. No Brasil, as empresas apoiadas por essas instituições têm um faturamento maior do que R$ 15 bilhões e geram cerca de 53 mil empregos, segundo pesquisa da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec). O ecossistema catarinense acompanha os resultados positivos do cenário nacional: as 22 empresas incubadas do MIDI Tecnológico em 2015 registraram um faturamento bruto de cerca de R$ 5 milhões e geraram mais de 100 postos de trabalho no ano. O presidente da ACATE, Daniel Leipnitz, destaca que relevância da incubadora para o setor tecnológico e economia local passa pela geração de empregos qualificados e fortalecimento do polo da Grande Florianópolis. “O MIDI vem desempenhando um importante papel na medida em que investe no desenvolvimento de novos negócios de impacto, que ajudam na construção do ecossistema inovador da região”, explica.
De acordo com Mariana Grapeggia, gerente de Empreendedorismo e Inovação no Sebrae/SC, a incubadora é um dos caminhos para promover competitividade e desenvolvimento aos pequenos negócios, pois possibilita a transformação de ideias de negócios em empresas com base sólida de gestão. "Seus empreendedores são apaixonados pelo que fazem, têm muita vontade de aprender e praticam o compartilhamento de experiências com os demais incubados, gerando um ciclo de aprendizado contínuo, oportunizando melhorias e crescimento do negócio", afirma, reforçando que a contribuição das empresas graduadas do MIDI Tecnológico para a economia catarinense é expressiva em impostos, emprego e renda, o que justifica o papel do Sebrae como mantenedor.
Consolidação
O MIDI Tecnológico possui quatro negócios inovadores na fase da pré-incubação, 15 em incubação e 88 já graduados. Kamila Bittarello, coordenadora técnica da entidade, conta que, durante a incubação, as startups passam por diferentes níveis de consolidação e, em cada um deles, o apoio é dado de forma específica. “Primeiro, os empreendimentos melhoram a sua gestão estratégica e depois, focam no seu plano comercial. Durante todo o processo as empresas têm acesso facilitado a uma rede de investidores e empreendedores”, explica.
Gabriel Santos, coordenador geral da incubadora, afirma que o sucesso do processo de incubação depende, principalmente, do empreendedor. “Empresas com times bem preparados e com conhecimento de mercado têm mais chances de se sobressaírem do que as que contam apenas com uma ideia potencialmente boa”, defende. A preocupação do MIDI com essa característica se dá ainda no processo de seleção das incubadas e o resultado é aparente no sucesso das startups graduadas. O desempenho de 42 delas mostram que essas empresas, que empregam mais de 1,2 mil colaboradores, cresceram cerca de 51% entre 2014 e 2015, fechando o último ano com um faturamento de R$156 milhões.
Os investimentos recebidos pelas empresas graduadas são reflexo da boa preparação que receberam dentro da incubadora. Nos últimos dez anos, 44% das empresas auxiliadas pelo MIDI foram investidas. Contabilizado as atuais incubadas, o percentual sobe para 50%. A empresa Ahgora, graduada em 2011, foi uma das três que receberam investimento no primeiro semestre de 2016. A empresa trabalha com serviços de gestão de pessoas e recebeu aporte de fundos de Venture Capital em agosto, o que possibilita a projeção de faturamento de R$100 milhões, em 2020.
Para Santos, o MIDI funciona também como uma vitrine. Com a consolidação da incubadora durante estes 18 anos, o número de parceiros e investidores ligados à instituição aumentou, ampliando também a visibilidade e as oportunidades oferecidas para as incubadas. Uma pesquisa realizada com 46 empresas nascentes que integram o MIDI aponta que foram conquistados 20 prêmios, 78 seleções em programas de empreendedorismo e inovação, e seis fusões. Além das conquistas de suas incubadas e graduadas, a incubadora foi premiada três vezes como a melhor do Brasil pela Anprotec.