MIDI Tecnológico participa de missão aos EUA para aprimorar modelo de excelência de incubadoras
Até o próximo dia 19 de setembro, uma Missão Técnica formada por 25 representantes de incubadoras de empresas do Brasil estará em Orlando, Flórida – EUA, para participar da 29ª Conferência Anual da America’s Small Business Development Center Network, encontro da associação norte-americana desses centros que inclui seminários, workshops, reuniões de negócio, além de visitas a alguns deles.
Até o próximo dia 19 de setembro, uma Missão Técnica formada por 25 representantes de incubadoras de empresas do Brasil estará em Orlando, Flórida – EUA, para participar da 29ª Conferência Anual da America’s Small Business Development Center Network, encontro da associação norte-americana desses centros que inclui seminários, workshops, reuniões de negócio, além de visitas a alguns deles.
Organizada pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e pelo Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas (Sebrae), a iniciativa integra o Programa de capacitação das incubadoras brasileiras que terão a oportunidade de em breve adotar o modelo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendedores (Cerne). Este será para o movimento uma certificação análoga ao selo ISO 9000 e ISO 14000. “É uma forma de trocar experiências e fazer networking para possíveis parcerias entre os gestores participantes”, declara Sheila Oliveira Pires, superintendente executiva da Anprotec.
De acordo com a superintendente, o Cerne será um modelo 100% brasileiro concebido a partir da análise do modelo de atuação americana dos SBDC’s, que priorizam a aceleração do crescimento das empresas, e do exemplo europeu dos BIC’s (Business Innovation Centers). “Este último foi desenvolvido pela Incubadora da Agência de Desenvolvimento Local Barcelona Activa e atua com mais ênfase no processo de difusão do empreendedorismo, apoio ao estágio inicial dos empreendimentos e no atendimento a um número expressivo de empreendimentos que não estão no ambiente de incubadoras”, explica.
Gisa Helena Melo Bassalo, diretora da Anprotec e responsável pelo Cerne, reitera que o modelo europeu e o norte-americano são complementares. O Cerne será a junção das melhores práticas brasileiras acrescidas das experiências exitosas de ambos os países. “A ideia é nivelarmos a excelência das incubadoras existentes, ou seja, diminuir a variabilidade de sucesso alcançado por elas. As que buscarem se adequar às exigências serão potenciais centros de referências”, ressalta.
No caminho certo
Desde que o Programa de capacitação teve início, diversas incubadoras já começaram a fazer a lição de casa, como é o caso do Instituto Gene Blumenau e do MIDI Tecnológico que se preparam para participar da Missão.
Para Carlos Eduardo Negrão Bizzotto, dirigente da Anprotec, coordenador do Instituto Genes Blumenau e participante da missão, o Instituto vem aprimorando seu processo de incubação. “Participamos da missão a Barcelona, onde foram conhecidos os processos para atração e geração de novos empreendedores, e agora a visita aos SBDC irá complementar o conhecimento que adquirimos lá. Isso reforçará a orientação dos nossos incubados, além de implantarmos o modelo Cerne de forma mais acelerada”, adianta.
Outra incubadora que já está definindo processos para obter o selo de excelência é o MIDI Tecnológico. Segundo a coordenadora do MIDI, Jamile Sabatini Marques, a expectativa com as visitas e cursos previstos na missão é adquirir conhecimento por meio da troca de experiências, contato com novas ideias e modelos que possam ser aplicados na incubadora. “Assim como o MIDI foi eleito a melhor incubadora de base tecnológica do País em 2008, pelo Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador, nossa expectativa é que também sejamos um centro de referência para novos empreendimentos”, almeja Marques.
Como funcionará?
O Cerne funcionará como os vários outros modelos de certificação já existentes. Para ser certificada, a incubadora passará por uma auditoria que checará se a entidade está cumprindo todas as normas do Cerne que garantem a sua excelência. Para isso, haverá consultores credenciados que estarão aptos a oferecer suporte às incubadoras e auditores encarregados de conferir e avaliar se os processos estão todos implantados e executados.
A superintendente da Anprotec garante que nenhuma incubadora será obrigada a se certificar, da mesma forma que empresa alguma precisa ter certificação ISO 9000, mas, assim como o ISO, obter um selo de excelência trará um diferencial às incubadoras. “Isso, provavelmente, despertará o interesse das entidades de fomento para conceder algum tipo de apoio financeiro, auxiliará na atração de novos empreendimentos, além de tornar o processo de incubação e gestão da própria incubadora mais ágil, eficaz e com maior índice de sucesso”, finaliza Sheila que reforça que esse benefício será inicialmente apenas para as associadas à Anprotec.
A data prevista para as incubadoras começarem a ser certificadas será anunciada durante a 19ª edição do Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, que ocorre entre os dias 26 e 30 de outubro, em Florianópolis, juntamente com o 3° infoDev Fórum Global de Inovação & Empreendedorismo.
Serviço – Missão Técnica Internacional
Quando: de 12 a 19 de setembro
Conferência: (http://www.asbdc-us.org/conference/conference.html)
Assessoria de Imprensa da ANPROTEC