MIDI Tecnológico recebe quatro novas empresas
Quatro empresas nascentes de base tecnológica se instalaram esta semana na incubadora MIDI Tecnológico, de Florianópolis. Eleita a melhor incubadora do Brasil pelo Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador 2008, o MIDI recebeu as empresas ATTA, OBIZ, Wisecont Sistemas e Netprecision, aprovadas no último processo seletivo.
Quatro empresas nascentes de base tecnológica se instalaram esta semana na incubadora MIDI Tecnológico, de Florianópolis. Eleita a melhor incubadora do Brasil pelo Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador 2008, o MIDI recebeu as empresas ATTA, OBIZ, Wisecont Sistemas e Netprecision, aprovadas no último processo seletivo. Uma central de controle de tráfego em tempo real, consultoria e implantação de software livre, uma tecnologia de gestão de conteúdo empresarial no modelo ECM e um sistema de gerenciamento eletrônico de documentos para engenharia de construção de usinas são algumas das soluções oferecidas pelas novas incubadas.
Mantido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina (SEBRAE-SC) e gerenciado pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), o MIDI Tecnológico já graduou 42 empresas e atualmente apóia 15 incubadas residentes e uma virtual. Além da disponibilidade de infraestrutura e serviços com custo subsidiado, a incubadora oferece diversas consultorias como marketing, administração financeira, contábil, jurídica, assessoria de imprensa e de recursos humanos. “Nosso processo de incubação enfatiza a capacitação e o desenvolvimento dos talentos gerenciais, preparando os empreendedores para uma trajetória de crescimento”, destaca Jamile Sabatini Marques, coordenadora do MIDI Tecnológico.
Esse diferencial do trabalho do MIDI foi destacado pelos novos incubados como um dos pontos que os atraíram para a incubadora. “Sabemos muito sobre nosso negócio, conhecemos muito sobre nossa tecnologia de desenvolvimento, porém somos todos analista de sistema, não sabemos como gerenciar uma empresa, obter parcerias, dentre outras informações. Estes ensinamentos esperamos que a incubadora nos forneça”, diz Rubens Diniz, sócio da Netprecision.
Essa também é a expectativa da Wisecont Sistemas. “Esperamos aprimorar o nosso plano de negócio através do apoio fornecido pelas consultorias da incubadora, buscar sinergia e troca de experiências com as demais empresas incubadas e também obter acesso a programas de treinamento e informações sobre fundos de fomento”, afirma Diogo Thumé, diretor da empresa. Para Rafael Marana, sócio da ATTA, o apoio do MIDI tecnológico pode ser fundamental para o ingresso no mercado. "Espera-se com a incubação que a empresa consiga superar mais facilmente os estágios iniciais", avalia.
O perfil das novas incubadas:
ATTA
A ATTA é resultado de um projeto desenvolvido no Departamento de Automação e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (DAS/UFSC). A empresa irá atuar, em conjunto com a UFSC, no desenvolvimento e implantação de centrais de controle de tráfego urbano em tempo real, solução que irá aumentar a eficiência do uso dos sistemas viários urbanos. Já em fase de implantação em alguns municípios brasileiros, a solução da ATTA oferece um controle inteligente do tráfego que contribui para a redução de congestionamentos e possibilita dados para o planejamento do fluxo de veículos nas áreas urbanas.
Com custo reduzido em comparação a soluções importadas, a central de controle desenvolvida em Santa Catarina também é de fácil implantação e utilização. “O sistema é baseado na teoria de controle automático e resulta muito mais simples que sistemas similares, não só do ponto de vista computacional, mas também em equipamentos complementares. O sistema é genérico e pode ser implantado em qualquer estrutura de malha viária com adaptações mínimas”, explica Rafael Marana, sócio da ATTA.
OBIZ
Implantar, personalizar e integrar diferentes soluções em código aberto para melhorar a eficiência de micro e pequenas empresas é a proposta da OBIZ. A nova incubada do MIDI Tecnológico tem como objetivo atender empresas que não possuam estruturas de TI e oferecer para esses empreendimentos soluções personalizadas, voltadas para suas demandas e com baixo custo.
A OBIZ irá, portanto, analisar entre as diversas soluções em código aberto as que mais se adequam ao perfil dos clientes. Conhecendo as necessidades do seu cliente, a empresa irá oferecer a implantação, personalização e prestação de serviços de acordo com o pacote de softwares escolhidos. Além da redução de custos, a empresa oferece como principal diferencial a interoperacionalização das ferramentas como se as diferentes soluções resultassem em um único sistema.
Wisecont Sistemas
Atenta para o crescimento do mercado de ECM (Enterprise Content Management) ou gestão de conteúdo empresarial, a Wisecont Sistemas inicia a sua trajetória com boas perspectivas. “Nos próximos anos haverá uma grande demanda por soluções de ECM nas empresas brasileiras e esta demanda será aquecida também por iniciativas do próprio governo, a exemplo do projeto SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), que já se encontra em fase de implantação”, destaca Diogo Thumé, diretor da empresa.
A tecnologia ECM, basicamente, gerencia as informações geradas digitalmente pelas empresas como documentos, recibos, comprovantes, notas fiscais, e-mails, contratos, guias, e faturas, por exemplo. “Nossa proposta é trabalhar no desenvolvimento de um conjunto de soluções de ECM para o segmento corporativo, a preços mais atraentes. Queremos compor uma suíte de produtos, começando pelo desenvolvimento de módulos menores que tenham algum potencial de geração de resultado no curto prazo”, explica Thumé.
Netprecision
A Netprecision tem como principal produto o SGDPE, um Gerenciador Eletrônico de Documentos (GED) voltado para a área de engenharia de construção de usinas hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, nucleares, PCHs entre outras. O sistema integra o trâmite de circulação dos documentos do projeto, que devem passar por diversas etapas antes da construção como projeto, análise e aprovação. Ao criar um ambiente virtual para a circulação dos documentos, o SGDPE integra diferentes escritórios e otimiza o processo de tramitação de documentos do empreendimento.
Focado em usinas, o sistema é desenvolvido em código aberto e estruturado em módulos, o que permite uma fácil adaptação de acordo com as necessidades do cliente. Além de gerenciar a circulação do projeto, o sistema também controla os prazos determinados pelos diferentes usuários. O SGDPE é totalmente web. Atualmente o sistema já é utilizado pela empresa Leme Engenharia, do Grupo Suez. “No início de janeiro, o sistema passou a gerenciar todos os documentos relativos a construção da UHE Jirau, uma usina do complexo do rio madeira, impulsionada pelo PAC e orçada em R$ 10 bilhões”, destaca Rubens Diniz, sócio da Netprecision.