Ministério da Saúde oferece R$10 milhões para pesquisas em saúde infantil
Universidades e institutos de pesquisa de todo o Brasil têm prazo, até o dia 13 de janeiro, para inscrever trabalhos voltados para a saúde da criança. O edital lançado hoje (17) pelo Ministério da Saúde destina R$ 10 milhões para financiar pesquisas em áreas como, por exemplo, a do desenvolvimento motor e cognitivo infantil.
Universidades e institutos de pesquisa de todo o Brasil têm prazo, até o dia 13 de janeiro, para inscrever trabalhos voltados para a saúde da criança. O edital lançado hoje (17) pelo Ministério da Saúde destina R$ 10 milhões para financiar pesquisas em áreas como, por exemplo, a do desenvolvimento motor e cognitivo infantil.
“A gente já tinha lançado, há cerca de um ano, um edital para a questão da prematuridade. Agora, a gente está avançando para além da prematuridade, em um esforço de pesquisa e inovação para os primeiros 1.000 dias da criança – fase decisiva para que elas tenham desenvolvimento saudável. Além de tratar a criança, de fazer com que ela viva, a gente quer que ela tenha plena capacidade cognitiva, que ela esteja com a alimentação adequada”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.
Os projetos de pesquisa deverão ter abordagem inovadora e determinar quais combinações de intervenções são mais eficazes para prevenir e tratar as consequências do nascimento, crescimento e desenvolvimento não saudáveis, e saber quando as intervenções são aplicadas com mais eficácia, além de integrá-las, de maneira prática, em um ciclo de cuidado contínuo. Amamentação, alimentação da mãe, forma de atendimento à mãe e ao bebê, tecnologias para diagnóstico de doenças, tudo isso pode ser alvo de pesquisa financiada pelo edital.
A ação faz parte do Programa Grandes Desafios Brasil: Desenvolvimento Saudável para Todas as Crianças, em conjunto com a Fundação Bill & Melinda Gates e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O governo federal entra com metade do financiamento e a Fundação Gates com a outra metade.
“A comunidade cientifica participa, mas o projeto também é voltado para gestores. Se qualquer pessoa que está no serviço de saúde, que cuida da saúde – seja formado em medicina, seja biólogo, alguém da área de farmácia ou enfermagem – tiver uma boa ideia, algo diferente, ela pode concorrer e ganhar o edital, e sua sugestão pode ser apresentada para incorporação pelo sistema de saúde”, explicou Gadelha.
Segundo o secretário, o edital é uma forma de o governo voltar a atenção da comunidade científica para as necessidades da população. Todos os projetos aprovados podem, depois, ser incorporados à rede pública de saúde. As inscrições podem ser feita no portal do CNPq.