Missão brasileira nos EUA deve gerar novas parcerias e negócios ao país
Ainda nesse sentido, a missão por meio da Anprotec deve estabelecer uma base de apoio para a internacionalização de empresas junto ao US Market Access Center. Devido ao network realizado pelos membros da missão, será possível criar uma agenda de cooperação entre instituições e parques internacionais para alavancar as 74 iniciativas existentes no País.
Ao longo dos sete dias de atividades, a delegação visitou o Research Triangle Park, Stanford Research Park e Stanford University, empresas do Vale do Silício como Microsoft e Google, além do Tec Museum of Innovation e o US Market Access Center. Além de participar de importantes eventos mundiais, como o US-Brazil Innovation Learning Laboratory e XXVI IASP World Conference on Science and Technology Parks.
Segundo Sheila de Oliveira Pires, superintendente da Anprotec, o laboratório de inovação (Innovation Lab) entre Brasil e Estados Unidos foi focado no sistema de parques tecnológicos dos dois países. Por isso, reuniu gestores e lideranças dos setores públicos e privados para discussão de temas como formação de parcerias, pesquisa e inovação tecnológica, visando a formação de cooperação em P&D, comercialização e transferência de tecnologia e investimento em empresas inovadoras.
Da mesma forma, o presidente da Anprotec, Guilherme Ary Plonski, acredita que o diálogo no âmbito do laboratório que se estendeu durante a conferência renderá frutos para o País. “Nós, membros da missão, já estamos conversando a fim de pré-selecionar projetos brasileiros de interesse para participar de iniciativas como o soft landing”, adianta.
A experiência do Vale do Silício
A região do Vale do Silício reconhecida pela inovação cientifica e tecnológica de grandes empresas esteve no roteiro da delegação. Depois de Google e Microsoft a delegação visitou o US Market Access Center que se propõe a dar suporte a empresas que tem interesse em atuar nos Estados Unidos. A Associação deve tentar parceria para ter uma base de apoio do centro, o que ajudará nos projetos de internacionalização de empresas inovadores encabeçados pela Anprotec e parceiros.
A delegação também realizou um workshop na Stanford University a respeito do ambiente do Vale do Silício em que foi apresentado os elementos simbólicos que caracterizam o Silicon Valley como o venture capital, a forte presença das universidades por meio de laboratórios de pesquisa, a cultura empreendedora norte-americana que não tem medo de fracasso, além da diversidade cultural.
Para José Eduardo Fiates, coordenador técnico da missão e líder temático da Anprotec de parques tecnológicos, há uma sinergia entre a visão brasileira e a da concepção do vale do Silício em termos de processos, conceito e estrutura. Mas, no caso do Brasil faltam investimentos. Apesar de que nos últimos anos tem havido uma dinâmica a favor do empreendedorismo como o que está sendo feito por meio de ações como o Programa Primeira Empresa Inovadora.
“Acredito que o saldo da missão foi positivo dado o intercâmbio com os parques americanos, incluindo o Research Triangle Park que esse ano completa 50 anos de experiência emblemática para iniciativas dessa natureza, a fim de se criar uma agenda de cooperação com os parques brasileiros. Sem que contar que foi muito rica em termos de atualização de conhecimento, network e futuras parcerias que resultara em benéficos para o sistema de parques brasileiros”, avalia.
Info-e – ANPROTEC