Movimento pela educação supera mil adesões da indústria de SC
O Movimento A Indústria pela Educação, que foi lançado em São Bento do Sul, nesta quinta-feira (5), já superou as mil adesões de empresas do setor industrial, além de contabilizar assinatura de 200 outros apoiadores. A iniciativa, liderada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), reuniu empresários e lideranças no Novotel, no Planalto Norte. O evento marcou também a entrega da primeira das doze novas unidades móveis de educação continuada do SESI, entidade da FIESC, que levarão o ensino até os trabalhadores da indústria.
O Movimento A Indústria pela Educação, que foi lançado em São Bento do Sul, nesta quinta-feira (5), já superou as mil adesões de empresas do setor industrial, além de contabilizar assinatura de 200 outros apoiadores. A iniciativa, liderada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), reuniu empresários e lideranças no Novotel, no Planalto Norte. O evento marcou também a entrega da primeira das doze novas unidades móveis de educação continuada do SESI, entidade da FIESC, que levarão o ensino até os trabalhadores da indústria.
No encontro, o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, lembrou que o Fórum Econômico Mundial acaba de divulgar novo ranking da competitividade mostrando que entre 2012 e 2013 o Brasil caiu da posição 48 para 56 entre 148 nações. “A eficiência do mercado de trabalho é um dos itens com mais baixa avaliação. Isso, infelizmente, não é novidade”, disse Côrte, destacando que a vigência de uma legislação trabalhista do século passado é um dos principais motivos para esse resultado. “E se os projetos dessa área que estão sendo debatidos no Congresso forem aprovados, o resultado vai ficar pior, pois resultarão em engessamento ainda maior. Além disso, a escolaridade da nossa força de trabalho também reduz a competitividade da indústria”, afirmou. “O trabalhador catarinense é um bom trabalhador. Ele se interessa e quando é motivado, ele vai atrás, estuda e aprende com muita facilidade. Temos que reconhecer essa qualidade. Mas por uma razão ou outra, ele não obteve a escolaridade necessária para ter um desempenho melhor no mercado de trabalho do atual ambiente econômico”, disse Côrte.
Em sua apresentação, o conferencista Mozart Neves Ramos, que é membro da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, foi enfático ao abordar os mesmos dados do Fórum Econômico Mundial. “Em educação, estagnação é retrocesso. Ninguém está parado. Todo mundo se movimenta e a nossa distância em relação aos outros países cresce. O resultado é esse: ficamos atrás do Cazaquistão”, disse.
Segundo estudo realizado pela consultoria John Snow Brasil, é de 54% a diferença de produtividade entre os trabalhadores que possuem dois anos de escolaridade e os que têm cinco anos. “A educação abre portas para as oportunidades futuras”, disse o vice-presidente regional da FIESC, Arnaldo Huebl.
Côrte chamou atenção para a inovação como o fator que poderá elevar a competitividade da indústria catarinense e salientou que a disponibilidade de trabalhadores qualificados é pré-requisito para isso. “É por isso que a educação passou a ser a principal bandeira das entidades que compõe a FIESC”, afirmou.
O diretor regional do SENAI, Sergio Roberto Arruda, informou que 2012 a 2014 as entidades da FIESC devem superar a meta de 800 mil matrículas, por meio do Movimento A Indústria pela Educação, nas áreas de educação básica, continuada, profissional, executiva e em programas de estágio. SENAI, SESI e IEL investirão R$ 330 milhões em infraestrutura e na ampliação dos serviços.
O Movimento propõe que as indústrias apostem na qualificação, por exemplo, oferecendo infraestrutura necessária para a formação dentro da empresa, promovendo o acesso a cursos de educação básica e profissional e premiando os trabalhadores que continuam seus estudos, entre outras ações.