O mercado da economia criativa para as micro e pequenas empresas inovadoras
Segundo dados da ONU, as atividades relacionadas à economia criativa e cultura representam apenas 1% do PIB nacional, enquanto a média mundial é cerca de 7%. A Unesco indica que 40% dos bens culturais inseridos na economia criativa provêm de 3 países: EUA, Inglaterra e China. E no Brasil, quais as políticas públicas mais recentes criadas para estimular as atividades culturais e criativas?
Segundo dados da ONU, as atividades relacionadas à economia criativa e cultura representam apenas 1% do PIB nacional, enquanto a média mundial é cerca de 7%. A Unesco indica que 40% dos bens culturais inseridos na economia criativa provêm de 3 países: EUA, Inglaterra e China. E no Brasil, quais as políticas públicas mais recentes criadas para estimular as atividades culturais e criativas?
Pensando em promover o debate sobre o tema, e estimular as práticas de empreendedorismo na chamada economia criativa, conceito que surgiu na Austrália em 1994 e se consolidou na Inglaterra em 1997, o Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e do XVIII Workshop Anprotec, que acontece de 20 a 24 de setembro em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, dedica um espaço para a Sessão Paralela 3A, intitulada “O mercado da economia criativa e as oportunidades para as MPE inovadoras”.
Indústria da criatividade
O palestrante Fabrício da Costa, diretor técnico do Instituto Sapientia, leva seu conhecimento em projetos estratégicos âncoras do Sapiens, como o Desafio Futurus, projeto de inclusão digital por meio de ferramenta pedagógica lúdica em que alunos conduzem avatares por um mundo virtual e os ajudam a escolher as profissões mais adequadas de acordo com seus perfis. Mestre e bacharel em Design de Produto pela Domus Academy de Milão e Faculdade da Cidade do Rio de Janeiro, respectivamente, trabalhou na criação de cenários futuros para grandes empresas na Itália. Após sete anos no exterior, trabalha com mais sete sócios em um novo conceito de escritório de design multidisciplinar chamado OESTUDIO, no Rio de Janeiro.
Sua apresentação sobre o mercado da economia criativa contempla a relação multidisciplinar entre áreas como
criação, educação, entretenimento e processo criativo, considerando a necessidade de formação diferenciada para atuar em diferentes segmentos. “O profissional que trabalha na indústria criativa tem que saber de tudo um pouco, conseguir tecer relações entre diferentes áreas do conhecimento e, principalmente, pensar de que forma o empreendedorismo pode se converter na oferta de produtos e serviços criativos”, afirma da Costa.
Redes de colaboração e capacitação
Nessa mesma linha Gilson Schwartz, professor de economia da informação e novas mídias em Meios e Processos áudio-visuais e TV-digital da Universidade de São Paulo (USP), pontua a necessidade do estabelecimento de relações. “Qual a relação entre conceitos cada vez mais frequentes nas políticas públicas em todo o mundo, como economia criativa, economia da cultura, cidades do conhecimento e análogos?”, questiona. É sob essa perspectiva que Schwartz atua como debatedor juntamente com a gerente da Incubadora Gênesis da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Julia Zardo.
Com base em sua experiência na Cidade do Conhecimento, grupo de pesquisa que desenha e implementa
iniciativas de Emancipação Digital conectando USP e centros de pesquisa, empresas, instituições públicas e organizações da sociedade civil, avalia como, na sociedade do conhecimento, onde a riqueza é função da economia da informação, as oportunidades surgem a partir da formação de redes em que a fronteira entre o interesse privado e a colaboração é redefinida sistematicamente. Já Julia, cuja incubadora coordena trabalhos que envolvem criatividade e inovação nas indústrias culturais, enfoca a complexidade da capacitação para o empreendedorismo cultural e nos principais segmentos da economia criativa.
Oportunidades para as MPEs
“A questão do gestor cultural capacitado engloba três perspectivas: a atitude empreendedora, a diferenciação pela inovação e o uso de ferramentas, como o plano de negócios”, adianta a gerente. Schwartz também destaca que os pequenos têm mais oportunidades para criar novos produtos, serviços e negócios, mas são as que enfrentam as maiores dificuldades para levar essas inovações ao mercado. “O principal desafio é alinhar inovação com penetração de mercado”, completa. Indo ao encontro da perspectiva de que as MPEs têm mais oportunidades para criar, Edson Fermann, gerente da Unidade de Inovação e Acesso a Tecnologia do Sebrae, atua como moderador.
XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XVIII Workshop Anprotec
Sessão Paralela 3A: O mercado da economia criativa e as oportunidades para as MPE inovadoras
Data: 23 de setembro
Início: das 8h30 às 19h15
Local: Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo
Endereço: Parque dos Poderes – Campo Grande – MS
Para mais informações: www.seminarionacional.com.br/seminario2010/
Sobre a Anprotec
Criada em outubro de 1987, a Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), com sede em Brasília (DF), é a única organização brasileira representativa das entidades gestoras de incubadoras de empresas, pólos, parques tecnológicos e tecnópoles. Tem como missão representar e defender os interesses destas instituições para promover o desenvolvimento socioeconômico do País por meio da criação e fortalecimento de empresas que possuem como base o conhecimento e a inovação.
Site da Anprotec