[Opinião ACATE] Alie-se à tecnologia
Por Daniel Leipnitz, presidente da ACATE:
Por Daniel Leipnitz, presidente da ACATE:
Em minhas andanças pelo Brasil, quando converso sobre como a tecnologia está mudando a vida das pessoas, de empresas, e modificando todos os setores econômicos da sociedade, muitos me perguntam como fazer para conseguir acompanhar estas mudanças, ficar atualizado, manter o emprego, e até mesmo o que seus filhos devem estudar.
Todos esses questionamentos realmente valem uma reflexão. Eu, mesmo sendo representante do setor tecnológico, tenho essas dúvidas. É que além de empresário, sou pai de filhos pequenos, irmão e amigo de pessoas que trabalham em indústrias e no funcionalismo público.
É fato que muitas profissões, principalmente as manuais e repetitivas, como profissionais da área industrial, motoristas, atendentes de comércio, serviços, vendedores, entre dezenas de outras, terão suas profissões muito próximas da extinção. Outros, como advogados, contadores e médicos, terão suas profissões e o ofício do dia a dia muito modificados.
Neste exato momento em algum lugar do mundo alguém está digitalizando a sua profissão e o seu negócio. Então, quando vai acontecer esta substituição? A resposta é incerta, talvez algumas neste ano, outras daqui a cinco, 10 anos. A única coisa da qual eu tenho certeza é que ela será substituída ou muito alterada.
Um caso muito emblemático é o da profissão de taxista, que sofreu profundamente com a popularização dos aplicativos de mobilidade. Conheço casos em que o taxista teve sua renda reduzida a menos da metade em consequência do surgimento dessas novas tecnologias, devastando o setor. Fico com este caso na cabeça todos os dias, pensando: o que devo mudar, como me atualizar para que não aconteça o mesmo comigo?
Quanto ao futuro das crianças, é necessário realizar mudanças na educação, que evolui a passos lentos. Estudamos praticamente da mesma forma que os nossos avós. E para quem está no mercado de trabalho, minha sugestão é que se envolvam com as novidades tecnológicas. Comecem a frequentar palestras e eventos oferecidos por diversos atores do nosso ecossistema, a ler mais, a acompanhar pensadores de inovação nas redes sociais. Ao fazer estas atividades, aos poucos a sua cabeça vai se abrir para novos pensamentos, novas formas de encarar o mundo, de resolver problemas, e acredito que isto por si só ajudará a buscar novas alternativas e a sobreviver neste mercado cada vez mais incerto.
*Artigo publicado originalmente no Diário Catarinense em 17/01/2018.