Santa Catarina se consolidou como um dos principais polos tecnológicos do Brasil.
Santa Catarina se consolidou como um dos principais polos tecnológicos do Brasil. O estado já possui mais de 12 mil empresas que empregam mais de 47 mil pessoas, segundo o Observatório ACATE, o estudo recente realizado sobre o ecossistema catarinense. O crescimento foi de mais de 10000% nos últimos 30 anos e acredito que isso só foi possível pelo compartilhamento de conhecimento e desafios entre as nossas empresas.
Aqui a união faz a força. Quando estamos inseridos em um contexto que facilita o crescimento de novas tecnologias empreender fica mais fácil. Porque podemos compartilhar nossos medos com outras pessoas que passaram por aquele processo antes. Podemos aprender e nos conectar com outros empreendedores e colaboradores do estado. Construímos uma grande rede que oferece segurança e aprendizado.
Posso dizer que é incrível fazer parte de toda essa troca, mas sou ambicioso e sonho grande. Por isso defendo a importância de aproximar os polos tecnológicos e de inovação do Brasil, expandindo nossas redes e conexões.
Recentemente participei de um evento em Pernambuco e tive a oportunidade de aprender com os empreendedores da região. Conheci a iniciativa Porto Digital, um grande parque tecnológico que surgiu de uma política pública do estado de Pernambuco. O governo de lá realizou um zoneamento da parte antiga de Recife e ofereceu incentivos fiscais para empresas criativas e de tecnologia. O resultado foi muito positivo. Ano passado as empresas do Porto Digital faturaram R$ 1,87 bilhões de reais. Com certeza o estado já se destaca na área de inovação e enfrenta desafios distintos ao nosso para continuar o crescimento.
Quando conectamos polos, ajudamos uns aos outros a superar os obstáculos. Abrimos as fronteiras para conhecer novos negócios e culturas diferentes que facilitam o “pensar globalmente” e ajudam no desenvolvimento de uma nova perspectiva para detectar problemas internos e externos. Sem contar que o benchmarking — processo que analisa como a concorrência ou empresas parecidas atuam no mercado — também se torna mais fácil e acessível. Fomentando o desenvolvimento de novas soluções para problemas antigos.
A aproximação de polos ecossistemas só tem a agregar para Santa catarina e para o Brasil. Podemos impactar mais vidas, agregar o conhecimento necessário para avançar em novos mercados e fomentar a economia não só nos estados, mas nacionalmente.
* Artigo assinado pelo presidente da ACATE, Daniel Leipnitz, e publicado originalmente no Diário Catarinense em 01/08/2018