Parceria entre UFSC e ACATE viabiliza projeto de educação complementar em robótica
Organizado pela Vertical Energia e vice-presidência de Talentos da ACATE em parceria com o PET EEL (Programa de Educação Tutorial em Engenharia Elétrica) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), ocorreu em dezembro o último encontro da primeira edição do Projeto Florescer. Com a iniciativa, estudantes bolsistas da universidade oferecem aulas de robótica para alunos de escolas públicas do Ensino Médio de Santa Catarina. O projeto é um piloto de um programa que deverá acontecer outras vezes para alcançar o maior número de pessoas possível em uma educação tecnológica inclusiva e que incentive a formação de talentos especializados no setor.
Wilian Zanatta, diretor da Vertical de Energia da ACATE, conta que nesta edição aconteceu com a Escola Prefeito Leopoldo José Guerreiro, de Bombinhas. “Nós apoiamos um curso complementar com desenvolvimento técnico e eletroeletrônica, em que os alunos da graduação criaram uma grade com oito aulas, mantendo essa parte de robótica. E a ideia é manter essa relação entre universidade, escola pública e ajudar a levar conhecimento para essas instituições de ensino. Então, os alunos desenvolveram o curso com apoio do orientador e a associação e os empresários doaram transporte e equipamentos para o curso”.
O Florescer foi organizado para oferecer formação a 12 alunos que estão no 1° e 2° ano do Ensino Médio. No total, ocorreram oito encontros remotos e presenciais em Bombinhas e Florianópolis. As duas primeiras semanas foram teóricas, construídas de forma a atrair a atenção dos alunos. Depois, eles puderam colocar em prática os conhecimentos adquiridos em atividades que culminaram no desenvolvimento de projetos de robótica: eram três grupos, cada um responsável por criar um carrinho. O último e oitavo encontro, realizado em visita da turma à UFSC, foi de apresentação das criações em uma competição de robótica. As aulas desta edição aconteceram entre 24 de outubro e 06 de dezembro de 2023.
Felipe Meier Martins, bolsista do PET EEL UFSC e coordenador das atividades de extensão, estudante da UFSC e bolsista do Florescer, explica que o cronograma foi elaborado de forma cuidadosa. “Isso não apenas proporcionou um rico aprendizado em robótica, mas também estimulou a criatividade, a colaboração e o espírito competitivo dos participantes, resultando em uma experiência enriquecedora e memorável para todos os envolvidos”. Sobre a relação dos alunos do ensino superior e médio, complementa: “Acreditamos que estamos cumprindo nosso dever ao mostrar os meios e facilidades que a universidade pode oferecer para diversos alunos, além de mostrar que o ambiente da universidade federal é público e que todos que tem interesse em se aperfeiçoar são bem-vindos”.
O professor e orientador do laboratório maker da Escola Prefeito Leopoldo José Guerreiro, Djalmo Manfredi Medeiros, avalia que o Projeto Florescer acontecer em parceria com uma universidade pública e federal traz para os alunos novas perspectivas de futuro. “Quando a gente fala de educação tecnológica, estamos falando de transformação. Na maioria dos casos na nossa escola, os alunos não visualizavam a possibilidade de uma carreira profissional dentro da área de tecnologia. A partir desta prática de ensino de robótica passam a visualizar até mesmo o mercado de trabalho de uma forma diferente. A educação tecnológica é também inclusiva porque tem um papel de transformação e inclusão social”. Agora, segundo o professor, todos os alunos do Florescer perspectivam uma formação superior de qualidade.
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