Pesquisa aponta necessidade de inovação nas pequenas empresas
Dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2009, divulgada em abril, revelam que 83,5% dos empreendedores iniciais não pensam em inovar, frente a 5,4% dos que acreditam que seus produtos ou serviços são considerados novos por todos. Já 11,1% consideram oferecer alguma novidade. O alto índice de empresas que não pensam em disponibilizar algo novo para seus clientes preocupa o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto.
Dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2009, divulgada em abril, revelam que 83,5% dos empreendedores iniciais não pensam em inovar, frente a 5,4% dos que acreditam que seus produtos ou serviços são considerados novos por todos. Já 11,1% consideram oferecer alguma novidade. O alto índice de empresas que não pensam em disponibilizar algo novo para seus clientes preocupa o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto.
“A atual taxa de empreendedorismo do Brasil, de 15,3%, é boa. O dado está acima da média histórica do País, que é de 13%. O que precisamos é melhorar a qualidade das novas empresas e a das já estabelecidas, por meio da inovação”, disse Okamotto durante coletiva de imprensa da divulgação da pesquisa GEM 2009, que mede o nível de empreendedorismo em 54 países.
Para o presidente do Sebrae, o Brasil vai entrar em rota de crescimento em 2010. O desafio, segundo ele, agora é levar conhecimento para as micro e pequenas empresas, tornando-as mais inovadoras, gerando emprego, renda e riqueza para o País. Segundo ele, a forma de fazer isso é oferecendo mais educação sobre inovação, ação que deve ser feita pelo Sebrae junto com o setor industrial e o mundo acadêmico. “É assim que vamos garantir o mercado interno e criar condições para exportar”, afirma o presidente do Sebrae.
Um dos principais destaques positivos desta décima edição da pesquisa GEM foi o alcance, pela primeira vez ao longo da série histórica do estudo, da maior taxa de empreendedorismo por oportunidade – 9,4% contra 5,9% da taxa de empreendedorismo por necessidade. Para cada 1,6 empreendedor por oportunidade há um por necessidade. Nas últimas nove edições da Pesquisa Gem, a taxa de empreendedorismo por oportunidade vem demonstrando crescimento gradativo, passando de 8,5%, em 2001, para 9,4%, em 2009.
O aspecto que mais contribuiu para esse crescimento foi o aumento, em 2009, das empresas nascentes, que passou de 2,93%, em 2008, para 5,78%, em 2009. Deste último dado, 4,3% são empreendimentos nascentes por oportunidade. “Mesmo com a crise financeira, ocorrida em 2009, as pessoas encontraram motivação para abrir o próprio negócio, aproveitando as oportunidades que não se fecharam no País”, afirmou o diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
Outro destaque da pesquisa é que pela primeira vez a proporção de mulheres empreendendo por oportunidade supera a de homens na mesma condição. Dos 18,8 milhões de empreendedores, 53,4% são mulheres que perceberam um nicho de mercado para atuar, contra 46,6%, dos homens. “As mulheres estão mais presentes nas escolas e universidades. Elas também possuem conhecimento com mais qualidade que os homens. Essas diferenciações começam a aparecer na atividade empreendedora e já causam impacto nas empresas”, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), Fernando Mattos.
A GEM 2009 demonstra também que a população empreendedora brasileira está concentrada entre os jovens, nas idades de 18 e 34 anos, atingindo 52,5%. Do total de empreendedores, 20,8% estão na faixa de 18 a 24 anos enquanto 31,7% encontram-se entre 25 e 34 anos. “A maioria dos jovens empreende por oportunidade. Eles estão tendo a visão de que o emprego com carteira assinada não é a única opção existente ao sair da faculdade. Os jovens agora querem ter seu próprio negócio”, disse o gerente da Unidade de Atendimento Individual do Sebrae, Ênio Pinto.
Participou também da apresentação a coordenadora da pesquisa no IBQP, Simara Greco, e o presidente do conselho do IBQP, Rodrigo da Rocha Lopes. A pesquisa foi apresentada, em tempo real, via web e comentada pelo professor, conselheiro do Sebrae e presidente da Financiadora de estudos e Projetos (Finep), Guilherme Ary Plonski.
Agência Sebrae de Notícias