29/maio/2018
Posicionamento da ACATE sobre paralisação de ônibus em Florianópolis (29/05/2018)
A Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), sensibilizada com o atual momento que o país, estado e os municípios catarinenses estão vivendo, vem a público para repudiar a mobilização que paralisa nesta terça-feira, 29 de maio, o transporte público da Grande Florianópolis. A entidade, cuja sede está baseada na Capital, entende que o momento não é oportuno para a ação, que prejudica ainda mais o direito de ir e vir da população. Por isso, reforça as notas oficiais de repúdio das entidades parceiras da região – a ACIF e a CDL Florianópolis.
NOTA DE REPÚDIO – ACIF
Acuada pela falta de alimentos, de combustíveis e de serviços básicos, a população da Grande Florianópolis se vê agora diante da paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo, o que se configura em um dos piores cenários sociais da história recente. Sem uma pauta de reivindicações clara e objetiva, sem respeitar a obrigatoriedade legal da frota mínima (50% dos ônibus em circulação nos horários de pico e 30% nos demais horários) e sem o aviso-prévio de 72 horas, o Sintraturb exibe sua face agitadora e oportunista.
Em respeito ao Estado Democrático de Direito que estamos tentando construir no Brasil, clamamos à Justiça o rigor das providências previstas em lei, em defesa dos cidadãos que querem apenas retomar a rotina de suas atividades diárias, afrontadas por interesses setoriais, econômicos ou ideológicos.
A ACIF entende que a greve dos trabalhadores do transporte coletivo da Grande Florianópolis ultrapassa todos os limites da legalidade e do bom senso e espera, angustiada, por medidas das Prefeituras (poder concedente da atividade) e do Governo do Estado, assegurando o direito constitucional de ir e vir.
Florianópolis, 28 de maio de 2018.
Nota Oficial: Paralisação do Transporte Público Coletivo – CDL Florianópolis
A Câmara de Dirigentes Lojistas de Florianópolis recebeu com indignação a decisão de convocação de paralisação, seguida de assembleia, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis – Sintraturb para paralisação do transporte público coletivo nesta terça-feira (29), a partir das 8h.
É inaceitável que, diante da situação caótica vivenciada nos últimos oito dias, existem categorias profissionais que se aproveitam do caos instaurado para afrontar poder público e a população. A Prefeitura tem feito exaustivas negociações com os grevistas da manifestação dos caminhoneiros para garantir combustível para o transporte coletivo da Capital e, com essa paralisação intempestiva, coloca o cidadão de bem em estado de pânico, já que não pode abastecer o próprio veículo e tampouco dispor de um serviço público essencial (transporte público).
A CDL de Florianópolis entende que a paralisação não é legitima, visto que não foi anunciada com o mínimo de aviso-prévio de 72h, sem pauta objetiva para o ato, além de provocar desordem e prejuízos às pessoas, impedindo o direito constitucional e ir e vir do cidadão, – e àqueles que empreendem e geram renda e emprego na Capital. Essa é uma paralisação inoportuna, que se apropria de serviços essenciais para prejudicar toda uma cadeia produtiva. Por essa razão, ainda na noite de segunda-feira (28) a entidade protocolou denúncia ao Ministério Público de Santa Catarina – MPSC a fim de assegurar os direitos da coletividade já bastante sacrificados em função do grave cenário nacional.
A sociedade merece respeito e a ordem deve ser mantida.