Presidente da Finep visita UFSC
O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Glauco Arbix, visitou a reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina na manhã desta sexta-feira, dia 14, para conhecer alguns dos principais projetos de pesquisa da instituição e apresentar as novas linhas de trabalho do órgão, vinculado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Glauco Arbix, visitou a reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina na manhã desta sexta-feira, dia 14, para conhecer alguns dos principais projetos de pesquisa da instituição e apresentar as novas linhas de trabalho do órgão, vinculado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Ele foi recebido pelo reitor Alvaro Toubes Prata, que reuniu pesquisadores, diretores e a pró-reitora de Pesquisa e Extensão, Débora Peres Menezes, para mostrar ao representante do governo federal alguns trabalhos considerados de ponta e que vêm projetando a Universidade no meio científico brasileiro.
Afirmando que a UFSC é bem referenciada na área da tecnologia e inovação entre as universidades brasileiras, Glauco Arbix ressaltou que a Finep quer se transformar, em parceria com as instituições de ensino superior e as empresas, num órgão que estimule o desenvolvimento de projetos estruturantes capazes de ajudar o Brasil a queimar etapas e enfrentar os desafios do crescimento e as demandas que a competitividade mundial imporá ao país nos próximos anos.
“Nossa capacidade de financiamento passou de R$ 300 milhões em 2002 para R$ 4 bilhões no ano passado e o retorno tem sido altamente positivo, mas não estamos preparados para dar conta das demandas em áreas de peso como o pré-sal e os desafios nos campos da saúde, defesa e desenvolvimento aeroespacial”, afirmou Arbix. “Há necessidades prementes, como o melhoria da banda larga na telefonia, a capacidade de projetar e construir grandes navios e a produção de satélites, em que ainda dependemos demais da indústria estrangeira”.
É neste sentido que a Finep procura estabelecer essa parceria com as universidades, onde está o conhecimento. Na área do petróleo, por exemplo, há um vasto campo para as empresas nacionais, porque nenhum dos principais fornecedores da Petrobras, cujas compras crescerão substancialmente nos próximos anos, é nacional. “Além de mandar recursos para fora, estamos deixando de participar da fronteira da engenharia mundial”, disse o presidente do órgão. “Evoluímos muito, nossos investimentos irrigaram todo o sistema produtivo, mas precisamos virar a página e dar um salto de maior amplitude. Estamos procurando as universidades para ver o que elas têm a oferecer para que este salto ajude o país a se desenvolver ainda mais”.
Bons exemplos – Entre os pesquisadores presentes estava o professor Jarbas Bonetti, da Geociências, que destacou os avanços já alcançados e os desafios na área de prevenção de desastres naturais. O professor César Vitório Franco ressaltou os progressos obtidos nas pesquisas com a nanotecnologia, outra área em que a dependência brasileira é acentuada. O neurocirurgião Maurício Linhares falou do grande campo que se abre com o desenvolvimento da neurociência e sua aplicação em prol da saúde da população.
O professor Maurício Sedrez dos Reis chamou a atenção para a contribuição da Universidade poderá dar na área da biodiversidade, onde já existem projetos consolidados desde os anos 80. Acires Dias, responsável pela implantação do curso de Engenharia da Mobilidade em Joinville, exibiu o imenso potencial de trabalho e de projetos nas áreas das engenharias aeroespacial, ferroviária, naval e automotiva, que constituem a essência do currículo no campus do norte catarinense. Por fim, Jaime Fernando Ferreira, da aquicultura, mostrou os números que transformaram Santa Catarina no fornecedor de 90% da produção brasileira de moluscos.
A pró-reitora Débora de Menezes apresentou ao presidente da Finep imagens e materiais do Parque Viva Ciência e o projeto do Parque da Ciência, a ser implantado no aterro da baía sul, no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis. Ali, a intenção da Universidade é instalar equipamentos para uso dos moradores da cidade, atraindo especialmente os estudantes para um contato mais lúdico com a ciência.
Fonte: AGECOM/UFSC