Sua finalidade é fazer com que universitários, assessorados por professores orientadores, desenvolvam inovações em parceria com empresas e contribuam para mais eficiência nos negócios. Os projetos podem abranger as áreas de gestão tecnológica; engenharia; controle de processos industriais; gestão ambiental; biotecnologia; nanotecnologia; energias renováveis e eficiência energética; logística; produção de design; agronegócios; produção alimentícia; formação e comunicação; e saúde e segurança no trabalho.
Os efeitos positivos da oitava edição, que começou no fim do ano passado, podem ser observados em empresas de todas as regiões do País. Em Pernambuco, a Camburiú, confecção de moda praia e fitness, vai produzir uma nova coleção infantil para o próximo verão. O lançamento é resultado do projeto desenvolvido na fábrica pela estudante de design de moda Roseli Cristina Melo, aluna da Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional de Santa Cruz.
A bolsista pesquisou clientes, fornecedores e concorrentes, além de fazer avaliação do potencial produtivo da fábrica e estudar as tendências da moda nacional e internacional. "Ela foi muito além do que os estilistas costumam fazer", observa a empresária e gerente da Camburiú, Edjane Nunes de Araújo.
A maior dificuldade do mercado, explica a empresária, é encontrar profissional que, além da moda, considere em seus projetos o processo produtivo das indústrias. "Já tivemos propostas para produzir peças belíssimas, mas inviáveis para nosso processo e nossas máquinas", conta. A empresa produz 40 mil peças por mês para atender o varejo e o atacado. "Precisamos de opções simples e menos elaboradas, para atender nosso nicho de mercado, mas que permitam uma produção de alta escala", afirma.
Desde a criação do Programa, em 1996, o Bitec ofereceu mais de 3,3 mil bolsas. A quantidade oferecida vem crescendo ao longo desses 12 anos. Na primeira edição, foram concedidas 237. Este número subiu para 500 em 2004 e chegou a 600 na última edição.