Região Sul terá R$ 700 milhões em 2010 para investimento em C&T
O MCT irá destinar, em 2010, aos Estados da Região Sul cerca de R$ 700 milhões para investimento na área de C&T, um aumento de 34% quando comparado ao ano passado, período em que o ministério repassou R$ 520 milhões para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O crescimento é ainda mais significativo se confrontado ao ano de 2000, quando os três Estados receberam cerca de R$ 85 milhões.
O MCT irá destinar, em 2010, aos Estados da Região Sul cerca de R$ 700 milhões para investimento na área de C&T, um aumento de 34% quando comparado ao ano passado, período em que o ministério repassou R$ 520 milhões para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O crescimento é ainda mais significativo se confrontado ao ano de 2000, quando os três Estados receberam cerca de R$ 85 milhões.
A informação foi dada ontem na última quinta-feira, dia 25, pelo secretário executivo do MCT, Luiz Elias, durante a palestra “Política de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação com vista ao Desenvolvimento Sustentável”, como parte da programação da 1ª Conferência Regional Sul de Ciência, Tecnologia e Inovação, que ocorre até esta sexta-feira (26), em Porto Alegre (RS).
De acordo com Elias, é fundamental que para cada investimento do governo federal os Estados também entrem com uma contrapartida. “Com isso estaremos dando uma redimensão a esse programa e essa estratégia de ação dentro dos seus Estados. Os governadores devem carimbar mais recursos para a área de C&T, investindo em grandes programas nacionais que tenham reflexo no seu território”, disse.
Na ocasião, o secretário apontou como desafio discutir os institutos nacionais como elemento integrador do país e de funcionalidade das políticas publicas entre as fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) e os órgãos de fomento à produção do conhecimento.
“É preciso alterar a matriz que dá a idéia de que nós pesquisadores estamos centralmente localizados no seio da atividade acadêmica e muito pouco na atividade empresarial. Em outros países, como a Coréia, EUA e Japão, a centralidade da discussão quanto à produção do conhecimento transborda para a estrutura industrial”, afirmou.
Em seu discurso, o secretário lembrou que o Sistema Nacional de C&T além de ser recente, não é completo, o que, segundo ele, torna necessária a consolidação de uma política que articule os principais atores nesse processo. Ele citou como exemplo o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec).
“Um dos elementos centrais para transbordar todas as redes temáticas, grupos de excelência, institutos nacionais e as redes estaduais é por meio do Sibratec. Gostaria que esse ponto fosse debatido ao longo da conferência como um instrumento importante de conexão entre os órgãos de fomento, entre a institucionalidade das redes de pesquisa e o setor empresarial”, destacou.
Durante a sua apresentação, Elias disse esperar que um dos resultados da conferência seja a integração dos instrumentos entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Finep e a Petrobras. “Se integrarmos as políticas, se integrarmos os Estados, certamente os próximos governos estarão fortemente envolvidos com a inovação e a produção do conhecimento, nos dando elementos necessários para a competitividade do setor industrial”, concluiu.
Isadora Lionço, de Porto Alegre, para o Gestão C&T online