03/fev/2009
São Paulo lidera inovação tecnológica no País
Num círculo que se irradia a partir do município de São Paulo está a maior concentração brasileira de empresas que lançaram produtos com inovações tecnológicas, informa a recém-lançada pesquisa Performance Econômica das Regiões Brasileiras (Perb). Não é sem razão.
Na capital paulista, 6,32% das empresas industriais apresentaram inovações (em 3,3% delas, com patentes nacionais); na Grande São Paulo, o porcentual foi de 5,59% (em 3,3%, com patentes nacionais); e em todo o estado o índice foi de 4,73% (em 2,8%, com patente nacional). Na Zona Franca de Manaus, 7,96% das empresas lançaram inovações tecnológicas, mas apenas 2,7% dos produtos tinham patente nacional, revela a pesquisa coordenada pelo economista Aurílio Caiado, da Universidade de Sorocaba.
No Rio, 4,29% das empresas apresentaram inovações, mas só 1% lançou produtos com patente nacional. No Rio Grande do Sul, 4,04% das empresas apresentaram inovações (em 3,8% delas, com patente nacional). As outras regiões ficaram bem atrás.
Tudo indica que essa distância vai aumentar. Na primeira Perb, dos anos 1998/2000, 53,1% dos pesquisadores contratados por empresas industriais no País estavam em São Paulo; na Perb seguinte (2001/2003), o percentual cresceu: 54,5%. A terceira Perb apontou que em 2003/2005 São Paulo tinha 55,7% dos pesquisadores ocupados em P&D.
Consideradas apenas as empresas que apresentaram inovações para o mercado, São Paulo tem 16.870 graduados e pós-graduados envolvidos com P&D (61,1%). A seguir vem o Rio de Janeiro, com quase dez vezes menos – 1.903 pesquisadores (6,9%) -, Santa Catarina, com 1.886 (6,8%), e Rio Grande do Sul, com 1.628 (5,9%).
A Perb reforça a tendência de que São Paulo seguirá concentrando indústrias intensivas de capital e tecnologia, diz Caiado. "São Paulo concentra mão de obra altamente qualificada, universidades, centros de pesquisa, laboratórios e, naturalmente, pesquisadores, e isso significa uma atração muito forte para indústrias que renovam constantemente os seus produtos", afiança.
Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o resultado da Perb "premia o esforço de São Paulo". Ele lembra que o estado direciona 4% de seu orçamento para P&D, enquanto outros estados destinam menos de 2%. "Três universidades, 19 institutos de pesquisa, a Fapesp, as Fatecs – tudo isso é um esforço competitivo de nível mundial".
Se a indústria paulista posiciona-se bem acima da média nacional, ela ainda apresenta índices que não impressionariam países desenvolvidos: "A intensidade de pesquisa e desenvolvimento de produtos em empresas de países europeus tem uma média de 7,7%", observa o professor André Furtado, da Unicamp.
Cruz adverte que o grande investimento do governo estadual para desenvolver P&D na indústria tem levado o Governo Federal a diminuir o investimento em atividades de pesquisa em São Paulo. "Há dez anos, quase 50% do esforço do CNPq vinha para São Paulo; no ano passado, foi 27%. O mesmo tem acontecido com a Capes, com a Finep", informa.
Num círculo que se irradia a partir do município de São Paulo está a maior concentração brasileira de empresas que lançaram produtos com inovações tecnológicas, informa a recém-lançada pesquisa Performance Econômica das Regiões Brasileiras (Perb). Não é sem razão. São Paulo detém 55,7% do pessoal ocupado em pesquisa e desenvolvimento (P&D) de produtos nas indústrias e 61,1% dos pesquisadores em empresas que lançaram inovações.
Na capital paulista, 6,32% das empresas industriais apresentaram inovações (em 3,3% delas, com patentes nacionais); na Grande São Paulo, o porcentual foi de 5,59% (em 3,3%, com patentes nacionais); e em todo o estado o índice foi de 4,73% (em 2,8%, com patente nacional). Na Zona Franca de Manaus, 7,96% das empresas lançaram inovações tecnológicas, mas apenas 2,7% dos produtos tinham patente nacional, revela a pesquisa coordenada pelo economista Aurílio Caiado, da Universidade de Sorocaba.
No Rio, 4,29% das empresas apresentaram inovações, mas só 1% lançou produtos com patente nacional. No Rio Grande do Sul, 4,04% das empresas apresentaram inovações (em 3,8% delas, com patente nacional). As outras regiões ficaram bem atrás.
Tudo indica que essa distância vai aumentar. Na primeira Perb, dos anos 1998/2000, 53,1% dos pesquisadores contratados por empresas industriais no País estavam em São Paulo; na Perb seguinte (2001/2003), o percentual cresceu: 54,5%. A terceira Perb apontou que em 2003/2005 São Paulo tinha 55,7% dos pesquisadores ocupados em P&D.
Consideradas apenas as empresas que apresentaram inovações para o mercado, São Paulo tem 16.870 graduados e pós-graduados envolvidos com P&D (61,1%). A seguir vem o Rio de Janeiro, com quase dez vezes menos – 1.903 pesquisadores (6,9%) -, Santa Catarina, com 1.886 (6,8%), e Rio Grande do Sul, com 1.628 (5,9%).
A Perb reforça a tendência de que São Paulo seguirá concentrando indústrias intensivas de capital e tecnologia, diz Caiado. "São Paulo concentra mão de obra altamente qualificada, universidades, centros de pesquisa, laboratórios e, naturalmente, pesquisadores, e isso significa uma atração muito forte para indústrias que renovam constantemente os seus produtos", afiança.
Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o resultado da Perb "premia o esforço de São Paulo". Ele lembra que o estado direciona 4% de seu orçamento para P&D, enquanto outros estados destinam menos de 2%. "Três universidades, 19 institutos de pesquisa, a Fapesp, as Fatecs – tudo isso é um esforço competitivo de nível mundial".
Se a indústria paulista posiciona-se bem acima da média nacional, ela ainda apresenta índices que não impressionariam países desenvolvidos: "A intensidade de pesquisa e desenvolvimento de produtos em empresas de países europeus tem uma média de 7,7%", observa o professor André Furtado, da Unicamp.
Cruz adverte que o grande investimento do governo estadual para desenvolver P&D na indústria tem levado o Governo Federal a diminuir o investimento em atividades de pesquisa em São Paulo. "Há dez anos, quase 50% do esforço do CNPq vinha para São Paulo; no ano passado, foi 27%. O mesmo tem acontecido com a Capes, com a Finep", informa.