Serviços digitais podem gerar economia de 97% aos cofres públicos
Estudos internacionais – realizados no Canadá, Reino Unido, Noruega e Austrália – demonstram que um atendimento presencial nos serviços públicos custa em média US$ 14. Quando o mesmo serviço é prestado de forma online, o custo baixa para US$ 0,39, o que representa uma economia de 97% aos cofres públicos. Os dados foram apresentados no X Congresso Consad de Gestão Pública.
Estudos internacionais – realizados no Canadá, Reino Unido, Noruega e Austrália – demonstram que um atendimento presencial nos serviços públicos custa em média US$ 14. Quando o mesmo serviço é prestado de forma online, o custo baixa para US$ 0,39, o que representa uma economia de 97% aos cofres públicos. Os dados foram apresentados no X Congresso Consad de Gestão Pública.
Um exemplo já adotado no Brasil é o novo modelo de serviço de transporte administrativo – o TáxiGov. O serviço substitui carros próprios e locados por táxis para realizar o transporte de servidores e colaboradores em função de atividades administrativas. As corridas são solicitadas via aplicativo mobile e web, além de uma Central de Atendimento por telefone.
Desde o início da sua implantação, em fevereiro de 2017, já foi alcançada uma redução de 61,30% nas despesas em relação a contratos anteriores. Atualmente, servidores de dez órgãos públicos utilizam o serviço. Quando todos os ministérios aderirem ao modelo, a economia estimada será de R$ 20 milhões ao ano.
Serviços digitalizados
No governo federal, dados parciais do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP) apontam que 32% dos serviços são totalmente digitalizados, 39% parcialmente e 29% não estão disponíveis para acesso online (em nenhuma das etapas). “A tendência é que o processo de digitalização em dispositivos móveis se acelere. Os serviços precisam estar na palma da mão do cidadão”, explicou Gleisson Rubin, secretário de Gestão do MP.
Para Gleisson, o congresso é uma grande oportunidade para a reflexão sobre a necessidade da modernização “da porta para dentro” nas instituições públicas. Segundo o secretário, a redução de gastos e desburocratização ainda são os principais caminhos para uma gestão mais eficiente. “Queremos que o Estado seja menos lento, gaste menos e direcione seus recursos para o que realmente importa”, disse.
O secretário explicou que, para ampliar a oferta de serviços à sociedade, está em fase de implantação a Plataforma de Cidadania Digital, composta por cinco componentes: Portal de Serviços, com um canal único de oferta de serviços digitais; Autenticação Digital, com acesso a todos os serviços disponíveis com apenas um login e senha; Integração de bases de dados, solicitação e acompanhamento eletrônico de serviços públicos no Portal de Serviços; Avaliação de serviços; e o Painel de monitoramento, para acompanhar o desempenho dos serviços disponíveis no Portal de Serviços.
Além da perspectiva de redução de gastos, uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (Cetic) aponta que a demanda por digitalização no país é crescente. De acordo com o estudo, já existem mais de 100 milhões de brasileiros que utilizam a internet e a principal via de conexão é por meio de celular.
*Com informações da Agência ABIPTI