Setor de tecnologia foi o mais afetado durante a crise, diz Ipea
O setor de tecnologia foi um dos mais afetados pela crise financeiro internacional, segundo o Boletim Radar divulgado, nesta quarta-feira (18/11), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o boletim, no auge da crise, entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009, a produção dos setores de média e alta intensidade tecnológica caiu 25% e os de alta tecnologia 17%. Nesse mesmo período, a indústria de transformação teve queda de 16%.
O setor de tecnologia foi um dos mais afetados pela crise financeiro internacional, segundo o Boletim Radar divulgado, nesta quarta-feira (18/11), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). De acordo com o boletim, no auge da crise, entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009, a produção dos setores de média e alta intensidade tecnológica caiu 25% e os de alta tecnologia 17%. Nesse mesmo período, a indústria de transformação teve queda de 16%.
A diretora-adjunta de Estudos e Políticas Setoriais, Inovação, Produção e Infraestrutura do Ipea, Fernanda Di Negri, explicou que essa queda foi motivada por uma retração do mercado. “É uma questão de demanda porque esses setores que estão no grupo de média e de alta intensidade tecnológica sofreram com a redução da demanda externa e no caso do setor de bens de capital, com a redução da demanda doméstica. Os empresários pararam de investir nesse período em virtude da incerteza”.
Entre os produtos de alta intensidade tecnológica, os equipamentos de eletrônica e de comunicações foram os mais afetados pela crise, com redução superior a 30% na produção. Já entre os produtos de média-alta intensidade tecnológica, as principais quedas na produção aconteceram nos setores de máquinas e equipamentos e de automóveis, que caiu 34%.
Fernanda disse ainda que esses setores já apresentam recuperação, mas ainda não o suficiente para voltar aos patamares da pré-crise. “O que a gente percebeu é que desde fevereiro desse ano até agosto, esses setores também estão se recuperado mais fortemente que os outros”.
Nos meses de fevereiro e agosto a produção do setor de média-alta intensidade tecnológica cresceu 11% e o de alta intensidade tecnológica aumentou 12%. O crescimento desses setores foi impulsionado pelos subsetores de informática e eletrônico e de comunicações, no caso da alta tecnologia. Já o setor automotivo foi o principal responsável pela recuperação do setor de média-alta tecnologia.
O boletim ressalta também que medidas como a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) contribuíram para um resultado positivo desses setores.
Jornal de Brasília