SOFTEX mobiliza 18 empresas no projeto comprador & carnaval 2009
“Especificamente para o Projeto Comprador Brazil IT, convidamos formatadores de negócios dos Estados Unidos e da Índia que, juntos, representam a possibilidade de acesso a um universo de US$ 500 milhões em projetos de terceirização na área de TI em um horizonte de dois anos”, destaca Djalma Petit, Diretor de Mercado da SOFTEX, ressaltando que a possibilidade de fechamento de novos negócios nesse formato de encontro é muito grande.
Durante cinco dias, representantes da Global Equations, Myrtzel Consulting, Quimbik, The Innovest Group e The Outsoucing Institute mantiveram uma série de reuniões com as companhias brasileiras em São Paulo e no Rio de Janeiro.
E o primeiro negócio já foi firmado entre a norte-americana Quimbik, especializada em engenharia de software e desenvolvedora de soluções de alto valor agregado para grandes contas, e o Consórcio ActMinds.
“O acordo se dará em três frentes. A Quimbik atuará como pré-vendas do consórcio nos Estados Unidos. Este, por sua vez, assumirá projetos adicionais das atuais contas já atendidas pela empresa americana. E, em uma terceira vertente, ambas prospectarão negócios em conjunto”, detalha Robert Janssen, consultor da SOFTEX responsável pela organização do projeto Comprador Brazil IT. “Para todos os convidados internacionais ficou claro que a capacitação brasileira não é mais um “segredo bem guardado” e estou certo de que em breve anunciaremos outras parcerias importantes resultantes dessa iniciativa”, reforça Janssen.
Para Djalma Petit, o momento de realização do Projeto Comprador não poderia ser mais adequado, principalmente quando o assunto envolve terceirização de TI. “A crise econômica deverá desencadear uma busca por redução de custos por parte das empresas americanas e européias, resultando em um aumento do processo de terceirização, o que seguramente deverá criar muita demanda para nossas empresas. Também a diversificação na escolha de fornecedores, até agora muito concentrados em único país, poderá gerar um importante fluxo de encomendas em direção às nossas companhias”, avalia o executivo.
De acordo com o diretor de mercado da SOFTEX, as empresas nacionais dispõem de uma série de diferenciais frente a outros importantes players globais: competência técnica, conhecimento do funcionamento de setores empresariais, proximidade cultural com os mercados clientes e custos relativamente competitivos. “Precisamos divulgar esses atributos globalmente e constantemente a formadores de opinião, consultores e tomadores de decisões, daí a importância do evento”, acrescenta Petit.
Participaram do Projeto Comprador, além do Consórcio ActMinds, executivos da BRQ, Consórcio, Acol, , CorpFlex, Demopart, Domustec, Embria, Grupo Meta, Message, Montreal Informática, Pitang, Politec, Sonda Procwork, Squadra, Stefanini IT, Thorey, TTY 2000, Unacorp e Vetta Technologies.
UMA INICIATIVA QUE DÁ RESULTADOS – O Projeto Comprador integra a pauta de ações do PSI-SW (Projeto Setorial Integrado para Exportação de Software e Serviços Correlatos), considerado o maior e mais abrangente plano de exportação de software e serviços já implementado no Brasil. O programa é gerenciado pela SOFTEX com apoio técnico e financeiro da APEX-Brasil. Apenas no ano passado a entidade promoveu dois importantes Projetos Compradores dentro das 13 verticais que hoje reúnem as mais de 100 empresas integrantes do PSI-SW.
Em junho, durante o Ciab, o congresso e exposição de soluções para o setor bancário mais importante da América Latina, foi realizada a terceira edição do Projeto Comprador Ciab-FEBRABAN que trouxe ao Brasil uma missão integrada por empresas e consultores do México e dos Estados Unidos. Durante a semana do evento, esses executivos visitaram a Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), participaram de seminários e de encontros de negócios com 12 empresários brasileiros.
Consultor mexicano especializado no setor de finanças, Rafael Campos considerou o Projeto Comprador uma oportunidade para voltar seus olhos, tão “viciados” nas soluções européias e norte-americanas, para a tecnologia brasileira. “O mercado mexicano é muito difícil, mas a afinidade cultural e a língua nos aproximam. Vejo potencial nas companhias que tive a oportunidade de conhecer aqui, inclusive para o estabelecimento de parcerias locais que possam complementar seu portfólio”, disse.
No mês de outubro, a SOFTEX organizou iniciativa semelhante, mas para as empresas integrantes da vertical de Telecom do PSI-SW. Aproveitando a realização do FUTURECOM, principal evento de Telecomunicações da América Latina, a entidade, com o apoio da Apex-Brasil, trouxe ao país executivos de sete empresas da Venezuela, da Colômbia, da Argentina, do Chile, da África do Sul e da Espanha para uma série de reuniões e de palestras focadas na apresentação da excelência das soluções nacionais nesse segmento.
Três meses depois, a brasileira Vísent (www.visent.com.br), desenvolvedora de produtos inovadores para a melhoria de desempenho em telecomunicações, anunciou um acordo com a argentina Iquall Networks (www.iquall.com.ar), especializada em serviços, plataformas e sistemas de telecomunicações, para a comercialização e suporte de seus produtos e serviços na Argentina e em outros países da America Latina. As negociações foram iniciadas durante o Projeto Comprador FUTURECOM 2008.
Pelo acordo, serão oferecidos produtos que compreendem as especialidades de cada companhia nas seguintes categorias: mensageria e gerência de redes, no caso de Iquall Networks; e soluções de suporte a processos de garantia de serviço e garantia de receita por parte da Vísent, que tem entre seus clientes operadoras de porte como Claro, Embratel, TIM, Brasil Telecom e Nextel.
Segundo Ricardo Nascimento, presidente da Vísent, a parceria permitirá a reprodução dos casos de sucesso de ambas as empresas. “Compreendemos a busca dos clientes por soluções que maximizem o desempenho de seus negócios. Agora, poderemos apoiá-los em sua expansão na América Latina através de uma forte e eficiente presença local em cada mercado-alvo”, destaca. Contribuíram para esta aliança, informa Nascimento, o interesse das duas companhias por relações de longo prazo dentro do Mercosul e a intenção de comercialização de produtos de alta qualidade para redes de telecomunicações totalmente desenvolvidos na região.