Sul terá investimento de R$ 10 mi em Instituto SENAI de Tecnologia
O presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, anunciou na quinta-feira, dia 30, que a instituição fará investimentos estimados em R$ 10 milhões na implantação do Instituto SENAI de Tecnologia (IST) em Materiais, na cidade de Criciúma. “É uma contribuição do Sistema FIESC, por meio do SENAI, para a ampliação da competitividade das empresas catarinenses e de todo o país”.
O presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, anunciou na quinta-feira, dia 30, que a instituição fará investimentos estimados em R$ 10 milhões na implantação do Instituto SENAI de Tecnologia (IST) em Materiais, na cidade de Criciúma. “É uma contribuição do Sistema FIESC, por meio do SENAI, para a ampliação da competitividade das empresas catarinenses e de todo o país”.
O novo instituto representa a ampliação e aprofundamento das atividades da unidade local do SENAI, que já possui o Laboratório de Desenvolvimento e Caracterização de Materiais (LDCM) e oferece consultorias na área. Nestas atividades, o SENAI em Criciúma já tem apoiado o setor industrial no desenvolvimento de materiais, entre os quais melhorias na área de revestimento cerâmico, cerâmica estrutural, cerâmica vermelha, polímeros (principalmente copos descartáveis), entre outros.
A implantação do IST Materiais integra um amplo programa do SENAI em todo o país, que prevê a criação de 60 institutos de tecnologia (oito dos quais em Santa Catarina) e de 23 Institutos SENAI de Inovação (dois deles no Estado). O programa prevê ainda a ampliação e modernização da rede de escolas de educação profissional da instituição, com investimentos R$ 1,9 bilhão pelo SENAI Nacional (sendo R$ 1,5 bilhão com apoio do BNDES), além dos investimentos feitos pela instituição nos Estados. No caso de Santa Catarina, o SENAI deve investir R$ 230 milhões, dos quais R$ 100 milhões em recursos próprios.
“Os institutos vão atuar em rede e complementarmente”, afirma o diretor regional do SENAI/SC, Sérgio Roberto Arruda. “A proposta é que a unidade de Criciúma atenda as indústrias de todas as regiões no que diz respeito ao desenvolvimento de materiais e que as indústrias do Sul do Estado sejam atendidas pelas demais unidades nas demandas relacionadas às outras áreas de especialização”, explicou.
Uma das estratégias para a implantação dos institutos foi a realização de workshops internacionais, com a presença de especialistas das instituições internacionais de referência e que serão parceiros nos novos institutos. O evento de Criciúma fechou a série de sete workshops realizados em Santa Catarina, desde o ano passado.
Workshop
No evento de quinta, o pesquisador alemão Klaus Heinemann, do Thuringian Institute of Textile and Plastics Research (TITK), citou experiências no desenvolvimento de matérias-primas alternativas para os polímeros, já que as reservas de petróleo são limitadas. Ele citou o caso da celulose, que representa “uma opção muito importante e adequada”. Ele também ressaltou a importância de um relacionamento estreito entre os órgãos de pesquisa e desenvolvimento manterem um alinhamento com as demandas da indústria.
Pesquisador do Centro de Investigacion de Química Aplicada (CIQA), do México, Juan Mandéz observou que os polímeros estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. “Nos últimos 20 anos houve um crescimento acentuado do uso de polímeros em máquinas e equipamentos, incluindo eletrodomésticos, indústria da aviação e automotiva e mesmo nos carros da Fórmula 1”. O mexicano também salientou a importância da atuação próxima entre as instituições de pesquisa e as indústrias. “De nada serve criar conhecimento se ele permanecerá escondido em artigos científicos ou em bibliotecas”.
O professor da Universidade Federal de Santa Catarina Aloisio Nelmo Klein apresentou experiências que vem desenvolvendo para a criação de aços autolubrificantes, que podem ser utilizados em equipamentos para os quais a lubrificação por fluídos não é adequada. São os casos de equipamentos em miniatura, de uso doméstico (barbeadores, por exemplo) ou destinados à operações em temperaturas extremas.
“Se nossas empresas forem mais competitivas, vamos garantir o futuro do país”, salientou Klein. Ele observa que o Brasil “precisa aperfeiçoar as tecnologias em uso e cada vez mais gerar produtos com maior valor agregado”.
(FIESC)