TI “verde” reduz custos e emissões de carbono
As novas tecnologias de informação e telecomunicações podem ajudar as empresas a economizar 43 bilhões em energia elétrica até 2020 e a reduzir as emissões de gases causadores de efeito estufa em até 113 milhões de toneladas por ano só na Europa.
As novas tecnologias de informação e telecomunicações podem ajudar as empresas a economizar 43 bilhões em energia elétrica até 2020 e a reduzir as emissões de gases causadores de efeito estufa em até 113 milhões de toneladas por ano só na Europa. Além de reduzir a poluição, tecnologias como o smart grid (rede inteligente de distribuição de energia), os sistemas de teleconferências e automatização dos processos industriais estão entre as 13 grandes oportunidades de negócios que estão sendo geradas pela chamada TI verde.
É o que mostra o estudo Carbon Connections, realizado pela empresa de consultoria Accenture, que aponta cinco grandes tendências no segmento de tecnologia aliada à redução das emissões de carbono. Entre elas, estão a desmaterialização (sistemas de telepresença, que eliminam a necessidade de viagens e deslocamentos), as redes eficientes de distribuição de energia e a manufatura inteligente, onde perdas são controladas pela automação.
O impacto do uso dessas tecnologias nas emissões de carbono é significativo, e podem representar 2,4% da meta de redução das emissões nos países da União Europeia. Até 2020, os países da UE devem reduzir suas emissões em 20%, e para isso estão sendo feitos investimentos vultosos na área de geração de energias renováveis. Mas a tecnologia de smart grid, por exemplo, pode responder por até 70% da redução nas emissões de gases poluentes, pois evita perdas no sistema de distribuição de energia.
Brasil
Embora o relatório tenha sido baseado no mercado europeu, a maior parte das tecnologias já estão presentes no Brasil, e podem igualmente auxiliar as empresas no combate ao desperdício de energia e às mudanças climáticas. “O setor de TI, além de baixo emissor de carbono, tem a capacidade de auxiliar outros setores a reduzir seus custos e impactos ambientais”, afirma Petrônio Nogueira, líder para área de telecomunicações e alta tecnologia da Accenture.
O estudo aponta que outras duas grandes tendências do segmento de TI são a de logística inteligente – que reúne as tecnologias de rastreamento via satélite -, e as cidades inteligentes, onde processos como controle de tráfego, iluminação pública e distribuição de água também são feitos por controles automatizados. “Em maior ou menor grau, são tecnologias já conhecidas e que estão em expansão no Brasil.”
Mas é na indústria que os benefícios do uso da tecnologia para evitar desperdícios são mais conhecidos. A Fosfertil, empresa que produz matérias-primas para fertilizantes, conseguiu reduzir em 12% seu consumo de energia elétrica nos últimos três anos, após adotar um sistema de gestão de processos. “Essa é uma tendência que veio para ficar, porque o custo do desperdício é cada vez mais alto e as empresas estão atentas a essa realidade”, afirma Orlando Boari, consultor da TBM Consulting, empresa de softwares para gestão de e processos.
Agência Estado