Verticais de Negócios da ACATE auxiliam empresas a crescer acima da média do setor
A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) apresentou nesta terça-feira (1º) o resultado da pesquisa inédita referente ao programa de Verticais de Negócios da entidade. O material aborda dados comparativos em relação 2011 e 2012, como número de colaboradores, recursos públicos captados como fomento para PD&I, investimentos realizados em PD&I e faturamento decorrente das exportações.
A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE) apresentou nesta terça-feira (1º) o resultado da pesquisa inédita referente ao programa de Verticais de Negócios da entidade. O material aborda dados comparativos em relação 2011 e 2012, como número de colaboradores, recursos públicos captados como fomento para PD&I, investimentos realizados em PD&I e faturamento decorrente das exportações. Além da diretoria da ACATE e empresários associados, também participaram do encontro representantes do Governo do Estado e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC).
Para o vice-presidente da ACATE, Everton Gubert, o apoio da equipe ACATE e dos diretores das Verticais é fundamental para o sucesso do programa e para o incremento do negócio das empresas Verticalizadas. “Exige muita doação e sem essas pessoas conscientes da essencia do associativismo, o projeto não acontece”, disse. No encontro, realizado no Hotel Maria do Mar, em Florianópolis, a entidade também lançou o portfólio digital das empresas verticalizadas, que tem como objetivo evidenciar as complementaridades e sobreposições de soluções existentes, além de dar visibilidade às competências das empresas, promover oportunidades de negócios e atrair investidores, nacionais e internacionais.
Para o presidente da ACATE, Guilherme Bernard, a relevância do evento, além da disseminação dos indicadores da pesquisa, está na manutenção do networking entre os associados, atendendo a um dos objetivos principais do associativismo que a entidade propõe. Bernard ainda destacou outras iniciativas voltadas às empresas associadas, como o Tecprevi – plano de previdência para o setor, que pretende ser uma importante ferramenta para auxiliar na retenção de mão-de-obra; a confraternização de final de ano da ACATE, que será realizada no dia 22 de novembro e incentivou os empresários presentes a apoiarem iniciativas que objetivam beneficiar o setor, como o Geração TEC, que está com nova turma aberta.
Gubert foi responsável pela apresentação dos números da pesquisa. De acordo com o empresário, o cenário econômico catarinense – com destaque para pequenas e médias empresas – faz com que o associatismo seja uma alternativa bastante atrativa. “A ACATE busca fortalecer e promover as empresas associadas e as Verticais de Negócios são a nossa estratégia. Por meio desse modelo, ampliamos a competitividade das organizações e também apoiamos a independencia e o sucesso de pequenos empresários”, disse.
Pesquisa indica aumento no faturamento e redução de investimento público em PD&I
O levantamento da ACATE mostrou que 55 empresas que participam das Verticais de Negócios da entidade registraram crescimento de 32,9% no faturamento (que somou R$ 542,9 milhões) em 2012 na comparação com o ano anterior. O resultado está acima da média do próprio setor de TI em Santa Catarina, que cresce à medida de 20% ao ano. Para o vice- presidente da ACATE, o aumento no faturamento das associadas pode ter sido impactado positivamente pelo perfil mais aberto ao associativismo e à troca das empresas verticalizadas. “Uma empresa saudável e que passa a render mais traz uma série de benefícios, dentre eles maior geração de empregos, o que também foi evidenciado pela nossa pesquisa”, destacou.
O levantamento também indicou que o número de colaboradores nestas empresas aumentou 40% de um ano para outro, assim como o investimento privado em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), que cresceu 23%. Evidenciou-se queda de 66,1% na captação de recursos públicos como fomento para pesquisa, desenvolvimento e inovação e no faturamento decorrente das exportações, que apresentou recuo de 26%. Gubert observou que a captação de recursos públicos para fomento em PD&I são fundamentais no processo de inovação e consequente desenvolvimento do setor e por isso a queda constatada pelo estudo deve ser analisada estrategicamente, levando em consideração inclusive a queda na exportação. Contudo, o vice-presidente da ACATE celebrou o aumento do investimento privado para este mesmo fim. “Acredito que esse dado mostra a garra e a consciência das empresas em relação à importância da inovação”, afirmou.
Contrapartida
A secretária-adjunta do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS), Lúcia Dellagnelo, apresentou os programas governamentais que estão sendo desenvolvidos com foco na inovação em Santa Catarina. Entre os projetos destacados pela representante da SDS, estão os Centros de Inovação, que com um investimento aproximado R$ 98 milhões, pretendem criar um ambiente favoravel à inovação e ainda investir no capital humano. Os projetos serão licitados pelos município e contarão com um conselho de governança local. De acordo com Lúcia, o Governo do Estado também está revitalizando a Rede Catarinense de Inovação para promover mais intercâmbio e oportunidades entre entidades governamentais, não governamentais e empresas.
A secretária-adjunta também apresentou o Educação TEC, projeto em parceria do Governo do Estado, com as Verticais Educação e Games da ACATE, que irá formar um cluster de 174 empresas de tecnologia em educação. O projeto-piloto prevê investimento de R$ 1.471.150. “Buscamos desenvolver politicas governamentais que façam sentido para o setor privado, mas também para o desenvolvimento econômico-social. Ainda enfrentamos dificuldade para comprar de micro e pequenas empresas e para encontrar soluções integradas”, disse.
Já o diretor técnico cientifico da FAPESC, Sebastião Lopes de Melo, apresentou projetos de fomento ao setor tecnológico de Santa Catarina e destacou que as linhas de fomento da instituição são baseadas nos seguintes pilares: pesquisa, inovação, RH e difusão.
Portfólio auxilia na busca de serviços e soluções em TI
A iniciativa foi viabilizada por meio de projeto de pesquisa submetido à FAPESC, com apoio da Univali e da Palmsoft – empresa da Vertical Games, e permite consultar as soluções desenvolvidas pelas empresas Verticalizadas. As buscas poderão ser realizadas por vertical, por polo tecnológico do Estado, por empresa, por soluções (taxonomia de soluções das verticais) e por cenários (lúdicos). A ferramenta contempla também um vídeo institucional de cada Vertical.
Segundo o coordenador do projeto, Dennis Kerr Coelho, o portfólio mostra as capacidades, produtos e serviços das empresas de uma forma mais fácil e acessível. “As empresas poderão mostrar aos clientes o que eles buscam, mas também algo a mais. É uma oferta completa, que pode ser explorada por meio de diferentes formas de acesso”, disse. A iniciativa impulsionou e envolveu diversas empresas associadas na sua conceituação e execução, em diferentes aspectos do processo de desenvolvimento. A ferramenta já conta com uma versão Web, que já está disponível neste link, e nas plataformas mobile Android e iOS.
Verticais de Negócios: associativismo estratégico
O modelo de Verticiais de Negócio nasceu em 2009 e atualmente conta com 12 Verticais, nas áreas de Sustentabilidade, Energia, Cloud Computing, Educação, Games, Governo, Manufatura, Saúde, Segurança, Telecom, Agronegócio e Têxtil. Juntas, elas contabilizam 164 empresas, mas nem todas participaram da primeira pesquisa, realizada em 2012, com dados de 2011, que mostra a evolução das associadas.
CONFIRA OUTROS RESULTADOS DA PESQUISA
Número de colaboradores
ANO 2011 – 2.920
ANO 2012 – 4.099
Resultado: 40,4 %
Recursos públicos captados como fomento para PD&I
ANO 2011 – R$ 10.568.305,16
ANO 2012 – R$ 3.581.984,28
Resultado: (- 66,11%)
Investimentos realizados em PD&I
ANO 2011 – R$ 28.179.379,13
ANO 2012 – R$ 34.768.147,07
Resultado: 23,38%
Empresas exportadoras = 33% do total
Faturamento decorrente das exportações
ANO 2011 – R$ 37.254.662,41
ANO 2012 – R$ 27.453.216,81
Resultado: (- 26,31%)
Outras informações
- 55% das empresas indicaram melhora da visibilidade da empresa junto ao mercado e Poder Público devido às Verticais.
- 35% das empresas indicaram que realizaram negócios ou parcerias internas nas Verticais
- 24% das empresas indicaram a realização de negócios ou parcerias externas devido às Verticais