Voltbras capta R$ 12 mi com fundo da MSW para largar na frente na corrida dos elétricos
Marcado pelos preços elevados e pela falta de infraestrutura nas ruas, o mercado de carros elétricos ainda engatinha no Brasil. Mas em vez de encarar esse caminho como um asfalto esburacado, há empresas e investidores que preferem ver uma estrada aberta e cheia de oportunidades. Quem está dando uma mostra disso é a Voltbras, companhia que fornece um software para gestão de redes de carregamento. A empresa acaba de levantar R$12 milhões em rodada série A, liderada pelo fundo MultiCorp2, da MSW Capital, gestora brasileira especializada em multi corporate venture capital.
Entre os cotistas, o veículo conta com nomes como Baterias Moura, BB Seguros, Embraer e AgeRio. Outros antigos investidores da Voltbras, como Domo Invest, EDP Ventures e Perseo, CVC da Iberdrola Espanha, acompanharam a rodada em follow-on. Até agora, a startup já levantou ao todo R$ 15 milhões.
A ideia da companhia é usar o dinheiro para aprimorar o software e avançar na corrida do carro elétrico. “Quem chega primeiro, bebe água limpa”, diz Bernardo Durieux, CEO e um dos fundadores da Voltbras. “É um momento muito bom para o setor como um todo. Nós temos crescido de forma natural, com o impulso do próprio mercado das redes de carregamento e das montadoras”.
Além de o software ajudar na gestão dos carregadores, a Voltbras informa motoristas, pelo aplicativo da empresa cliente, sobre os postos mais próximos. A startup não fornece o hardware, ou seja, os carregadores, focando apenas na parte de plataformas e tecnologia. A solução já atraiu clientes como Ipiranga e Multiplan — que atendem o consumidor final.
A Voltbras teve início em Florianópolis, em 2018, quando Durieux e os cofundadores Carlos Eduardo Libardo e Rodolfo Levien ainda eram estudantes de cursos de engenharia na Universidade Federal de Santa Catarina. De olho em iniciativas de energia limpa — e velejadores nas horas vagas —, os três tiveram a ideia para navegar na onda do carro elétrico e tiraram o projeto do papel com o apoio da MIDITEC, incubadora da ACATE (Associação Catarinense de Tecnologia), na qual a empresa se graduou em 2021.
“É fundamental, para nós, investir em negócios que tenham sinergia com as corporações que estão dentro de cada fundo. No MultiCorp2, todas as empresas têm interesse, de alguma forma, nessa tese de eletromobilidade e transição energética”, explica Richard Zeiger, sócio da MSW. A Voltbras é o segundo aporte do fundo, que ainda está aceitando novos cotistas. Até o fim do ano, o MultiCorp2 deve realizar outros cinco novos aportes em soluções desse mercado.
A aposta dos investidores é de que a Voltbras se mantenha como a líder do mercado em softwares para gestão de redes de carregamento elétrico. Com cerca de 500 carregadores em sua base, a startup detém atualmente cerca de 30% de market share, no topo do mercado. Outras concorrentes, que contam com a própria plataforma, operam de maneira diferente, oferecendo também os carregadores, numa operação menos asset light.
Fonte: Pipeline Valor Econômico
As Verticais de Negócios da ACATE
A Voltbras é participante das Verticais de Negócios ACATE Energia, formado por mais de 50 empresas de base tecnológica que atuam no desenvolvimento e comercialização de soluções para o setor de energia, e da Vertical Smart Cities, que reúne empresas com soluções nas áreas de Conectividade e Cloud, Espaços Inteligentes e Sustentáveis, Mobilidade, Turismo, Governo Digital, entre outros.
As Verticais de Negócios reúnem startups e empresas, associadas à ACATE, conforme seu segmento de atuação, potencializando os negócios e projetos em conjunto. O programa estimula empreendedores a buscar conexões para gerar trocas de experiências em prol do desenvolvimento e de novas oportunidades de negócios no ecossistema. Para saber mais sobre, clique aqui.