Workshop ensina o que bancos esperam de empresas
O perfil esperado das empresas, as informações necessárias aos financiadores e as formas de abordagem a bancos e investidores foram temas que guiaram workshop Crédito, Governança, Controle e Coaching, realizado em Florianópolis nesta segunda-feira, 1º de março. O evento, destinado a empresários de Santa Catarina, foi promovido por Giovani de Matos Finanças Corporativas e apoiado pela empresa SuitePlus Tecnologia e pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE).
O perfil esperado das empresas, as informações necessárias aos financiadores e as formas de abordagem a bancos e investidores foram temas que guiaram workshop Crédito, Governança, Controle e Coaching, realizado em Florianópolis nesta segunda-feira, 1º de março. O evento, destinado a empresários de Santa Catarina, foi promovido por Giovani de Matos Finanças Corporativas e apoiado pela empresa SuitePlus Tecnologia e pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE).
Entre os convidados para a atividade estiveram o fundador do Instituto para Desenvolvimento da Cultura do Crédito (IDCC), Fernando Blanco, o PhD em Engenharia Espacial pela Universidade do Texas, Rodrigo Zerlotti, e o PhD em Psicologia Social pela Universidade de Londres, Sérvulo Augusto Figueira.
Segundo o idealizador do workshop, Giovani de Matos, a necessidade de se debater estratégias de relacionamento entre empresas, bancos e investidores é fundamental em tempos de crise e de reestruturação econômica. “Entender e falar a mesma linguagem do mercado financeiro se tornou uma das principais virtudes em tempos de crise. Conhecer este novo cenário, com situações de tomada de crédito cada vez mais sofisticadas e exigentes, se apresenta de extrema necessidade para as empresas”, ressaltou.
A conseqüência da falta de preparo e de empatia por parte das empresas em relação aos bancos, segundo Matos, é a escassez de oferta de empréstimos e investimentos, e, quando há, são a juros altos e prazos curtos. “As empresas, de maneira geral, não passam todas as informações aos bancos sobre elas mesmas e sobre o mercado em que estão, ou porque não querem ou porque não conseguem. E isso abada sendo prejudicial a elas”, afirmou.
Para o presidente da ACATE, Rui Gonçalves, o desafio de conhecer os erros que as empresas cometem e ajudá-las a corrigi-los torna-se mais fácil com olhares externos e com troca de experiências, como as realizadas durante o workshop. “A ACATE tem trabalhado para identificar fundos de fomento para as empresas associadas. Também buscamos oportunidades como esse workshop, que ajudam a entender o mercado de crédito e como devemos nos relacionar com eles. Momentos como este, com pessoas que não são tão apaixonadas quanto nós, empresários, são preciosos”, ressaltou.
Cabeça de banqueiro
Segundo o fundador do Instituto para Desenvolvimento da Cultura do Crédito (IDCC), Fernando Blanco, quanto mais informações as empresas disponibilizarem aos bancos, mais chances terão de conseguir crédito. Mesmo que as informações não sejam todas a favor, é mais vantajoso mostrar que se conhece a empresa, o ambiente em que está envolvida, os riscos que corre e o que fazer para evitá-los. “O banco não pode perder dinheiro com crédito, por isso, as empresas têm que tranqüilizá-los, dando o máximo de informações possíveis. E devem manter sempre em mente que o banco empresa dinheiro em troca de segurança, enquanto o tomador pega dinheiro em troca de credibilidade”, explica.
Outras dicas dadas por Blanco durante o workshop foram relacionadas à formalidade dos negócios, a desmistificação das atividades realizadas e a transparência. Para ele, uma estratégia interessante aos empresários é não tentar mascarar a realidade da empresa e, quando houver riscos para o empréstimo, listá-los ao lado de seus atenuantes.
“Ou as empresas têm transparência e agilidade em conseguir suas próprias informações, ou acabam saindo do mercado”, complementou o responsável pela área de desenvolvimento de novos negócios da SuitePlus Tecnologia, Rodrigo Zerlotti. Segundo ele, o atual momento tecnológico pelo qual passam as empresas oferece ferramentas capazes de agilizar a troca de informações e o conhecimento global do negócio. “As empresas não conseguem mais culpar os sistemas pela falta ou pela demora nas informações. Dessa mesma forma, as empresas, principalmente de TI, têm que utilizar uma arquitetura que permita ações e mudanças rápidas, inclusive de seus próprios produtos”.
Psicologia empresarial
A transparência nas informações e a capacidade de adaptação a mudanças também foram abordadas na palestra do psicólogo Sérvulo Augusto Figueira. De acordo com ele, sempre há falhas quando se tenta mascarar a realidade em que a organização está vivendo, e as informações alteradas ou ocultadas correm o risco de serem descobertas no momento em que se solicita o crédito.
Para o psicólogo, tão importante quanto conhecer a realidade em que está a empresa, os gestores precisam estar aptos a mudanças. “É fundamental para qualquer empresário admitir o erro que comete. Não existe ninguém que tenha uma trajetória retilínea de sucesso, sem altos e baixos”, explica. “Infelizmente, a realidade não nos consulta para acontecer e ela não é justa. É preciso aprender a navegá-la, assim como é preciso aprender a navegar na empresa e na própria vida. Sempre há surpresas, mas precisamos estar menos angustiados, para dar espaço à intuição e à criação”, completou.
Assessoria de Imprensa da SuitePlus