XIII Conferência da ANPEI de inovação tecnológica terá debate entre empresários
Pedro Wongtschowski mostra pontos da agenda empresarial em reunião da MEI em que foi lançado o programa Inova Empresa
Pedro Wongtschowski mostra pontos da agenda empresarial em reunião da MEI em que foi lançado o programa Inova Empresa
O presidente do Conselho Superior da Anpei, Pedro Wongtschowski, será o moderador do debate “Desafios de Inovar no Brasil: A Visão do Empresário”, que está programado para 3 de junho, o primeiro dia da XIII Conferência Anpei de Inovação Tecnológica. O evento será realizado no Centro de Convenções de Vitória, na capital do Espírito Santo. Dirigentes das empresas Fibria, Samarco, ArcelorMittal e Vale, reconhecidas pelo seu esforço em inovação, devem participar do debate.
Além de ser presidente do Conselho da Anpei, Wongtschowski também preside o Grupo Ultra. O empresário participou da reunião realizada no dia 14 de março pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff apresentou o Plano Inova Empresa, que prevê investimentos de R$ 32,9 bilhões em ações para incentivar a inovação tecnológica no Brasil. Nesse dia, coube a Wongtschowski fazer uma apresentação sobre a agenda da MEI a respeito do marco legal e do financiamento à inovação no País. A agenda contém pontos que serão abordados pelos empresários na mesa que será realizada com eles na XIII Conferência Anpei, cujo tema geral é “Inovação Competitiva e Aberta – Transformando o Brasil”.
O objetivo da agenda MEI é propor aprimoramentos no marco legal para ampliar o número de empresas que recebem incentivos fiscais e criar novas empresas de base tecnológica. Também pretende indicar ações para melhorar a eficiência das políticas de inovação de modo a alavancar os investimentos privados em pesquisa e desenvolvimento. “A inovação nas empresas está vinculada ao ambiente institucional”, alertou.
Atualmente, segundo Wongtschowski, um pequeno número de empresas faz uso dos incentivos fiscais para inovação previstos pela Lei do Bem. “Os incentivos não alcançam empresas que declaram imposto de renda por lucro presumido e as que optam pelo Simples Nacional”, lembrou. Como propostas apresentadas estão a possibilidade de apoio direto do Fundo Tecnológico (Funtec), gerido pelo BNDES, a empresas, na forma de subvenção ou contribuição de capital, e a criação de mecanismo para financiamento de risco nas fases pré-competitivas do processo de inovação.
Sobre o financiamento, Wongtschowski explicou que o perfil do gasto público brasileiro não incentiva o esforço privado em inovação. Enquanto em outros países esse gasto é direcionado para alavancar o investimento das empresas, no Brasil só recentemente tem-se buscado esse foco.
Ao final da apresentação, o executivo falou das oportunidades para o Brasil. A primeira é olhar para as empresas de base tecnológica, ampliando o financiamento para esse tipo de iniciativa, aumentando o fomento para o empreendedorismo nas universidades e fortalecendo incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos. No quesito investimentos para inovação, a proposta é ampliar o apoio governamental às atividades de P&D. O setor empresarial reconhece que houve avanços, mas a melhora é tímida, segundo Wongtschowski. “É uma agenda para aumentar a eficácia da política pública e a competitividade privada”, finalizou.